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Na Sombra do Poder: A próxima vítima

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Os bastidores da política baiana  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ TV Globo/ Redes sociais/ Pixabay/ Divulgação

Publicado em 08/10/2020, às 05h00   Editoria de Política


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A próxima vítima
O assunto da semana é a cassação do deputado Targino Machado, antigo líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Mas ele não está sozinho nessa. Os bastidores fervilham de profecias sobre a queda do deputado Marcell Moraes, cujo processo, também sob acusação de abuso de poder, será julgado na próxima semana pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além deles, o deputado Pastor Tom vive sob o fio da navalha. O assunto nos bastidores ganhou enredo de novela global. 

Luz amarela no TRE-BA

A postura firme do TSE de reverter decisões do TRE-BA acendeu uma luz amarela no judiciário baiano, pois passa a impressão que a Corte tem agido com brandura diante de casos duramente repreendidos no âmbito nacional, tal como foi com o deputado Pastor Tom e com Targino. Marcell já colocou as barbas de molho.

Ironia do destino
Enquanto isso, a turma dos números começa a fazer as contas sobre as suplências ou eventuais perdas de mandato, como se cogita nos intramuros da AL-BA. A projeção mais considerada no momento prevê o encolhimento da bancada de oposição e até o retorno de Carlos Geilson, que, ironicamente, é aliado de Targino nas eleições de Feira de Santana.

Ficou devendo

Era para ser um debate, mas o encontro dos candidatos à prefeitura de Salvador na Band Bahia foi uma confraternização entre os prefeituráveis da base do governador Rui Costa. Sobrou camaradagem e faltou confronto de ideias. Quando teve a oportunidade de apresentar alguma proposta para a cidade, Bacelar fez um afago em Denice Santiago: "Gostei da ideia, candidata". Além disso, teve ainda um "minha irmã" da major petista para Olívia Santana. Como disse o jornalista Henrique Brinco: "me prometeram um debate". Ficou devendo!

Faísca
Quem tentou incendiar o debate foi Hilton Coelho, quando colocou Isidório contra a parede ao perguntar sobre a votação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. Pena que o tema foi nacional. Por outro lado, deixou Olívia Santana na cara do gol ao perguntar sobre Educação, que, por sinal, foi o tema da noite.  

Saco de pancada

Foi justamente na Educação municipal que os candidatos miraram suas artilharias, mais especificamente no secretário Bruno Barral. Foi ele quem sofreu o massacre coletivo que se esperava ver contra Bruno Reis, candidato do prefeito ACM Neto. Sem massacre Bruno já estava nervoso, imagine com...

Em tempo, quando perguntado sobre os torpedos que recebeu na TV, Barral saiu com a réplica manjada: "só jogam pedra em árvore que dá fruto". Pelo jeito, o fruto mais recente estava podre porque gerou uma confusão tremenda com a classe educadora. 

Procura-se o Isidório raiz!
Tudo bem que a nova proposta eleitoral de Isidório, orquestrada pelo PSD, é apresentar à população um homem mais contido e polido, para parecer mais sério e capaz de tocar a administração pública. Mas vamos combinar que essa estratégia deixou o "doido" praticamente irreconhecível no primeiro debate televisivo. Essa versão Isidório 2.0 deu sono. Até quando foi repreendido por segurar a Bíblia diante das câmeras, obedeceu sem fazer nenhum protesto. Nem lembrou aquele lendário fight com Alexandre Garcia no debate da TV Bahia em 2016.

Ele está nas ruas
Fora do estúdio, porém, o pastor fica solto, como mostra esse registro de uma gravação que fez em um ponto da cidade. Pelo jeito, o Isidório raiz está nas ruas.

Piada pronta 
Uma piada pronta corre os bastidores da eleição de Salvador: pra eleger Isidório, digita 70. Se não der certo, cê tenta de novo em 2024.

Ato falho lulista
Voltando ao debate, um detalhe que não passou batido foi a declaração lulista feita por Bruno Reis ao comentar um dos programas da prefeitura na área habitacional: "Nunca antes na história dessa cidade...". A histórica frase de efeito do ex-presidente Lula "socorreu" Bruno no ápice da ansiedade que viveu diante das câmeras.   

Sentido!
O adágio popular "o uso do cachimbo deixa a boca torta" representa bem a postura militar que Denice Santiago deixou escapar na sua primeira performance em debate.

Descoordenado
O que faltou de ousadia no debate da Band sobrou no pagodão da campanha de Bacelar. Visivelmente descoordenado, o candidato do Podemos ignorou o bom senso e meteu dança no modo aleatório.

Quem és tu?
As rusgas entre o presidente nacional do DEM e o presidente nacional do PTB continuam. Indagado recentemente sobre um possível apoio do PTB à candidatura de Cezar Leite (PRTB), Neto (DEM) foi curto e grosso: “qual o voto que Roberto Jefferson tem em Salvador?”.  Em bom baianês: “Quem é Roberto Jefferson no jogo do bicho”. 

Em tempo, Benito Gama deve ser expulso do partido após a decisão da nacional de romper o acordo firmado pelo PTB Salvador com Bruno Reis (DEM). Neto, que não é besta nem nada, fala aos quatro ventos que as portas do DEM estão abertas para Benito. Na boca da eleição, ninguém quer arriscar perder alianças.

Academia do povo
A candidata a  vereadora Roberta Caires, em plena campanha, mostrou que ainda está no shape para a corrida e postou  em suas redes sociais sua malhação com o povo da Sussuarana. Gente da gente com a gente, né?

Barra da saia
O vereador Carballal ainda faz jus ao apelido de "vereador melancia", verde por fora e vermelho por dentro. Bastou chegar o período eleitoral para o ex-petista, que se agarrou à base do prefeito ACM Neto, correr para a barra da saia do governo estadual a fim de desenrolar demandas com lideranças fundamentais no jogo das urnas.

Pitoresco
Do mesmo autor de "Morra quem morrer", vem aí o "Você não é ninguém não, porra". É o prefeito de Itabuna, Fernando Gomes, produzindo o que há de mais pitoresco na política baiana. A nova verborragia do itabunense foi contra um morador que questionou uma obra de asfaltamento enquanto o gestor passava.

Classificação Indicativa: Livre

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