Coronavírus

Governo federal gastou quase R$ 90 mi em remédios sem eficácia, mas ainda não pagou Butantan por vacinas

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Executivo disse que só ia pagar por imunizantes quando as 100 milhões de doses forem entregues  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes sociais

Publicado em 21/01/2021, às 15h51   Redação BNews



O governo federal já gastou quase R$ 90 milhões com a compra de medicamentos sem eficácia comprovada no tratamento da Covid-19, como cloroquina, azitromicina e o Tamiflu, segundo a BBC News Brasil. 

Em contrapartida, o Instituto Butantan, que entregou as primeiras doses de vacinas aplicadas no país, ainda não recebeu nenhum valor do govero Bolsonaro.

Desde o início da pandemia, tanto o presidente da República quanto o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, defenderam o chamado "tratamento precoce" para a Covid-19, com o uso de medicamentos como os citados acima nas fases iniciais da doença. 

Em diversos estudos, no entanto, as substâncias se mostraram ineficazes e capazes de gerar efeitos colaterais negativos.

Até agora, os gastos da União com cloroquina, hidroxicloroquina, Tamiflu, ivermectina, azitromicina e nitazoxanida somam pelo menos R$ 89.597.985,50, segundo dados obtidos junto a fontes públicas.

Em dezembro de 2020, o Ministério da Saúde assinou um convênio com o Instituto Butantan, ligado ao governo do Estado de São Paulo, para investir na "aquisição dos equipamentos para o centro de produção multipropósito de vacinas". 

Eram para ser pagos R$ 63,2 milhões, que ainda não foram depositados. Além disso, o governo federal comprará as doses da CoronaVac produzidas pelo Butantan, mas o pagamento também não foi feito.

Em nota enviada à BBC News Brasil no começo da semana, o Ministério da Saúde informou que pagará ao Butantan depois da entrega das 100 milhões de doses da vacina contratadas.

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