Justiça

Ao acionar STF, MP do Rio burla procedimento por dispensar parecer de Augusto Aras

Agência Brasil
Chefe da PGR escolhido por Bolsonaro não foi ouvido sobre envio do caso Marielle ao STF  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 30/10/2019, às 08h29   Yasmin Garrido



O envio das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco ao Supremo Tribunal Federal (STF) feito pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) causou incômodo no meio jurídico. Acontece que, na verdade, todo o procedimento de consulta ao presidente da Corte, Dias Toffoli, aconteceu sem que o procurador-geral da República, Augusto Aras, fosse consultado.

O que se discute nos bastidores de Brasília é que Toffoli considerou o questionamento do MP-RJ informal, o que não torna obrigatório o retorno do STF, já que o correto seria ter havido a intermediação da PGR, por meio de Aras. Diante disso, é possível que a investigação tenha dificuldade de tramitar no Supremo, já que houve desrespeito ao rito processual.

Os juristas discutem que a decisão do MP-RJ aconteceu por existir desconfiança ao trabalho de Augusto Aras, que foi indicado por Jair Bolsonaro para chefiar a Procuradoria Geral da República (PGR). O encontro de Toffoli com promotores responsáveis pelo caso Marielle Franco aconteceu no dia 17 de outubro e não foi registrado na agenda oficial do presidente do STF.

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