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Sinposba realiza protesto em posto da Paralela; categoria pede convenção coletiva

Leitor BNews
Ação do sindicato deve atingir demais postos na Bahia  |   Bnews - Divulgação Leitor BNews

Publicado em 16/08/2018, às 15h48   Redação BNews



O Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis e Derivados de Petróleo no Estado da Bahia (Sinposba) está realizando, na tarde desta quinta-feira (16), atos de protesto em alguns postos da capital baiana.  Na Avenida Paralela, membros do sindicato realizam protesto no posto Shell e com carro de som, além de cartazes, pedem a convenção coletiva. 

As negociações entre o Sinposba e o Sindicombustíveis, no Ministério Público do Trabalho (MPT) ocorreram na segunda-feira (13) e, de acordo com o Sinposba, não houve avanço. A categoria realiza a campanha salarial 2018/2019 e pede a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho-CCT. 

Para o presidente do Sinposba, Antonio do Lago, “os patrões a cada reunião debocham e provocam nossa categoria nos limites mais perversos da Reforma Trabalhista, que defende a retira de direitos, terceirização em massa, prejuízo financeiro aos sindicatos, para que não possam combater os absurdos patronais com financiamento das lutas; e, sobretudo, querem promover a individualização dos trabalhadores com a divulgação de que não é necessária a sindicalização e nem a existência de Sindicatos de trabalhadores e trabalhadoras. Por isso precisamos dar resposta firmes com unidade de ação, nos mobilizando em cada local de trabalho, demonstrando nossa insatisfação diante do descaso dos patrões, que não apresentam uma valorização salarial digna para todos os profissionais, querem implantar a terceirização, jornada excessiva de trabalho, e instituir o “cada um por si, e Deus por todos”, afirmou o presidente, em postagem feita no site da categoria sobre o balanço da reunião.

O Sindcombustíveis na Bahia encaminhou nota de esclarecimento. Leia na íntegra:

Sobre as propostas do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia (Sinposba) para a celebração da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) deste ano, o Sindicombustíveis Bahia esclarece que a jornada de trabalho de 12 por 36 está na Convenção Coletiva de Trabalho do Sinposba, Cláusula 32ª, e é prevista na nova lei trabalhista. Além disso, é completamente fantasiosa a afirmação de que o Sindicombustíveis Bahia pleiteia introduzir na CCT a negociação individual entre patrão e empregado.

Faltando com o respeito às negociações e mediações, o Sinposba tem levado para as suas assembleias propostas que não foram construídas na mesa de negociação, inclusive ocorrida na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), impossibilitando que a categoria dos trabalhadores conheça as reais propostas discutidas e demonstrando atitude manipuladora. 

Com relação às provocações de que os revendedores de combustíveis são “acostumados a fraudar os direitos dos trabalhadores”, há acusações contra o Sinposba que provam o contrário. O Ministério Público do Trabalho está apurando denúncias feitas por trabalhadores que se sentiram lesados pelo Sinposba nos valores que tinham a receber das ações de cumprimento. Denúncias endossadas por membros da atual diretoria do próprio sindicato laboral que entraram com várias denúncias de que seus pares estavam fraudando o direito dos trabalhadores. 

No momento de dificuldades em que vive o nosso país, o acirramento provocado por mentiras e fantasias criadas pela categoria laboral, através do seu órgão de classe, é profundamente lamentável e põe em risco o sucesso para a celebração de mais uma Convenção Coletiva do Trabalho, mediada com equilíbrio e isenção pela Superintendência Regional do Trabalho e Ministério Público do Trabalho.

Classificação Indicativa: Livre

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