Justiça

Justiça nega novamente revogação de prisão de advogado acusado de matar barbeiro no Imbuí

Reprodução
Defesa pediu ainda substituição da preventiva por prisão domiciliar, que também foi negado  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 13/04/2021, às 10h34   Yasmin Garrido


FacebookTwitterWhatsApp

O juiz Vilebaldo José de Freitas Pereira, do 1º Juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Salvador, negou um pedido de revogação da prisão preventiva do advogado José Geraldo Lucas Júnior, suspeito de matar o barbeiro Lucas Souza de Araújo, no bairro do Imbuí, em Salvador, em 24 de janeiro deste ano.

A defesa de José Geraldo solicitou a revogação da prisão e/ou a substituição por medidas cautelares menos gravosas, ou ainda a conversão para prisão domiciliar com ou sem uso de monitoramento eletrônico, “em razão da incompatibilidade do local em que se encontra custodiado com a sua prerrogativa profissional; por ser réu primário, ter profissão definida, lícita e certa, de advogado”.

O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) se manifestou pela indeferimento do pedido, uma vez que, segundo o órgão, ainda estão presentes os requisitos ensejadores da prisão preventiva.

“Assim, ser primário, ter ocupação lícita e residência fixa são irrelevantes para a concessão da soltura clausulada, se presentes na hipótese outros elementos determinantes da manutenção da prisão processual, como já descrito na decisão que decretou sua prisão preventiva”, escreveu o MP-BA.

Para o juiz, conforme o conteúdo dos autos, “ainda continua imperiosa a restrição cautelar da liberdade do Acusado, eis que a forma descrita com que o delito foi praticado, revela atitude que agride frontalmente a segurança pública”. E continuou: “A sua conduta delituosa descrita na referida cautelar, revelam a alta periculosidade do acusado, bem como espelha o perigo que a liberdade causaria a toda a sociedade”.

O barbeiro Lucas Souza de Araújo, de 29 anos, foi morto a tiros dentro de um bar no bairro do Imbuí, em Salvador. Em março deste ano, a seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA) determinou a suspensão preventiva, por 90 dias, do advogado José Geraldo Lucas Júnior.

Em sessão realizada em 15 de março, o colegiado entendeu que a conduta investigada causou repercussão e reprovabilidade social, sendo incompatível com o exercício da profissão, por repercutir de forma negativa à dignidade da advocacia.

Matérias relacionadas
Caso Imbuí: OAB-BA suspende advogado acusado de matar barbeiro por 90 dias
Justiça nega revogação de prisão preventiva e domiciliar de advogado que matou barbeiro no Imbuí
Caso Imbuí: Defesa confirma autorização da posse da arma de advogado apontado como autor de homicídio
Advogado acusado de matar barbeiro no Imbuí pode perder registro na OAB-BA
Defesa de barbeiro morto contesta depoimento de advogado e diz que versão é contrária às provas
Cunhada e irmão do barbeiro assassinado no Imbuí falam sobre o caso com indignação
'Lamento o fato, mas ele não estava no exercício da profissão', diz presidente da OAB sobre advogado acusado de matar barbeiro
'Tenho medo dele me matar também', diz viúva de barbeiro morto no Imbuí
Família de barbeiro morto no Imbuí realiza protesto em frente à delegacia

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp