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Publicado em 26/12/2015, às 16h30 Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)
O novo branco fresco, ácido e mineral de uma vinícola de qualidade de Israel envelheceu oito meses – ou, dependendo de como você prefira olhar para o fato, pelo menos 1.800 anos. O vinho, chamado marawi e lançado em outubro pela Recanati Winery, é o primeiro produzido comercialmente pela crescente e moderna indústria israelense com uvas locais. Ele nasceu de um projeto inovador da Universidade Ariel na Cisjordânia ocupada que tem como foco usar testes de DNA para identificar – e recriar – vinhos antigos bebidos por gente como o rei Davi e Jesus Cristo.
Eliyashiv Drori, enólogo da Ariel que liderou a pesquisa, seguiu o marawi – também chamado de hamdani – e as uvas jandali até o ano 220 a.C., baseado em uma referência no Talmude da Babilônia.
"As nossas escrituras estão cheias de vinhos e uvas – antes dos franceses começarem a pensar em fazer vinhos, estávamos exportando a bebida. Temos uma identidade muito antiga e, para mim, reconstruí-la é importante. É uma questão de orgulho nacional."
O redesenvolvimento de castas locais, no entanto – como tantas coisas nessa terra contestada – não está livre de fricção política. Ela vem junto com as novas diretrizes de rotulagem polêmicas lançadas pela União Europeia, que exigem que os vinhos da Cisjordânia e das Colinas de Golã tenham uma etiqueta dizendo que foram feitos em assentamentos israelenses. E os palestinos têm suas próprias reivindicações de propriedade sobre essas uvas.
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