"Stalking": crimes de perseguição tem aumento acima de 36% em Sergipe, diz Polícia Civil

O crime de perseguição, também conhecido como "stalking" em inglês, teve um aumento acima de 36% no estado de Sergipe. Em 2022, foram contabilizadas 535 ocorrências, contra 390 no ano de 2021, segundo a Polícia Civil.

Em abril de 2021, foi aprovada uma lei que incluiu esse crime no Código Penal. De acordo com a delegada, Marcela Souza, desde o ano passo esse crime tem sido mais espalhado. Por outro lado, a população tem se conscientizado sobre a existência dele e mais denúncias vem ocorrendo também.

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As investigações da Polícia Civil revelam que 80% dos crimes são cometidos por homens. "Pode ser de maneira física, como uma pessoa que fica na esquina da sua academia, do seu trabalho, ou de maneira virtual, que criam perfis fakes. Quando restringe a liberdade física ou psicologia é crime", disse a delegada ao G1 SE.

Segundo a advogada especialista em crimes virtuais, Laura Pereira, a vítima deve juntar provas quando se sentir ameaçada. "Fazer prints dos textos, da fotos e não deixar de gravar", alertou.

Afinal, o que é "stalking"?

O termo em inglês significa perseguição. O ato definido por lei compreende em seguir alguém constantemente e por qual meio, ameaçando a integridade física ou psicológica da vítima, ou invadindo sua liberdade e privacidade.

Mais conhecida nos meios virtuais, a lei prevê condenação para quem cometer o crime em qualquer meio, seja virtual ou físico. Além disso, o texto afirma que será enquadrado no crime quem restringir a capacidade de locomoção da vítima.

A pena de reclusão será ampliada em metade, caso o crime seja cometido em três situações, são elas: contra criança, adolescente ou idoso, contra mulher por razões da condição de gênero e por duas ou mais pessoas, ou com o emprego de arma.