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Com pandemia em alta, Senado debate uso de fábricas de imunizantes animais

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Publicado em 08/04/2021, às 09h12   Redação BNews


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Após o Brasil ultrapassar 4 mil mortes por covid-19 nesta semana, o relator da comissão que acompanha as ações contra a doença no Senado, Wellington Fagundes (PL-MT), defendeu o uso de três fábricas de imunizante animal para ampliar a produção de vacinas.

A ideia será discutida nesta quinta-feira (8) com a Anvisa, a Fiocruz, o Instituto Butantan e os ministérios da Ciência e Tecnologia e das Relações Exteriores. "Está previsto para ser o mês das trevas. É uma situação de guerra, estarrecedora. Portanto, nós temos que buscar vacina onde tiver para salvar nossos irmãos brasileiros. Porque até hoje, nós estamos apenas com 10% da população vacinada. É muito baixo. Nós precisamos chegar urgentemente a 50% da população vacinada. E os calendários de vacinação estão todos eles não sendo cumpridos", disse o parlamentar para rádio Senado.

Para o senador, a produção em território nacional diminuiria a dependência de insumos importados. "Para que a gente tenha um encaminhamento definitivo para utilizar essa grande possibilidade que o Brasil tem, porque o Brasil hoje é um grande produtor de proteína animal, um grande exportador, e temos um parque industrial muito grande de fabricação de vacina, enquanto que da vacina humana está reduzida a dois laboratórios pequenos que não tem a capacidade necessária", explicou.

Para o presidente da comissão da covid, senador Confúcio Moura (MDB-RO), é estratégico apoiar as pesquisas de novas vacinas desenvolvidas no Brasil, como a do Butantan, e a da USP de Ribeirão Preto.

"O ritmo das vacinas contratadas não nos anima. E somos dependentes das farmacêuticas que, mesmo com datas definidas para a entrega, podem atrasar e com muito esforço, conseguiremos imunizar apenas o grupo prioritário acima de 60 anos e o dos profissionais de saúde até o final de junho", disse.

Até esta quarta-feira (7), 20 milhões e 800 mil brasileiros foram vacinados com ao menos uma dose, o que representa quase 10% da nossa população.

A medida já era avaliada pelo Governo Federal na semana passada. A informação foi confirmada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, após reunião com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom. Segundo o chefe da pasta, o uso de fábricas de produtos para animais contribuirá para que o Brasil amplie a capacidade de vacinação própria e futuramente ofereça doses a outros países.

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