O policial militar Jair Alexandre dos Santos, preso no Batalhão de Choque da PM acusado de fazer parte de um grupo de extermínio, tentou suicídio na tarde de quarta-feira (21). Fontes ligadas ao site Bocão News informaram que Jair tentou se enforcar, sendo encontrado desacordado na cela. O estado de saúde do agente é considerado grave. Não há informações sobre para qual hospital ele foi encaminhado.
Entenda o caso
Durante a greve da PM baiana, que durou 12 dias, denúncias de grupos de extermínio formados por policiais militares começaram a ser investigadas, logo após a chacina que matou cinco moradores de rua no dia 3 de fevereiro na Avenida Jorge Amado, bairro da Boca do Rio. Estes policiais, segundo a Polícia Civil, fazem parte de um grupo acusado de matar, pelo menos, nove pessoas em Salvador. Donato Ribeiro Lima, 47 anos, Willen Carvalho Bahia, 34, Samuel Oliveira Menezes, conhecido como Marrom, e Jair Alexandre dos Santos foram presos.
Donato foi preso em casa, em São Caetano, onde foram encontradas três pistolas ponto 40, um revólver calibre 38 e farta munição, inclusive de escopeta calibre 12, além de placas de carro falsas. Willen foi preso no Quartel General da PM, nos Aflitos, onde funciona o Comando de Operações Policiais Militares (COPPM), no qual o militar era lotado.
Segundo a Polícia Civil, Donato e Samuel são apontados como autores da chacina. Donato, Willen e Jair forjaram um auto de resistência em abril de 2010 contra Sérgio dos Santos, assassinado na favela do Bate Facho, Boca do Rio. A corregedoria da PM abriu Procedimento Administrativo Disciplinar para apurar o caso.
O grupo ainda é acusado de um triplo homicídio em setembro do ano passado contra Luan Brito Santana das Neves, 14, Wesley Santos do Rosário, 15, e Matheus Cruz Conceição, 16. Os adolescentes teriam espancado o filho de um dos policiais na Escola Luiza Mahin, na Boca do Rio. O corpo de Luan foi encontrado na Alameda das Praias, em Stella Maris, o de Wesley no Parque da Cidade e Matheus continua desaparecido.
