Salvador

'Operação Jumper': Polícia Federal cumpre mandado judicial em condomínio no bairro de Patamares

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Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 25/05/2021, às 07h18   Redação BNews


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Viaturas da Polícia Federal cumpriram mandados judiciais no Condomínio edifício Giardini Naxos e no Condomínio Hemisphere 360, no bairro de Patamares, em Salvador, na manhã desta terça-feira (25). A estratégia faz parte da Operação Jumper, que visa desarticular supostas organizações criminosas que, de forma estruturada, praticavam os crimes de peculato, corrupção passiva e ativa. 

A ação também apura falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, dentre outros; além de coletar novos elementos de provas que possam corroborar, ratificar ou alterar as hipóteses criminais traçadas no bojo das investigações.

No Hemisphere 360, pelo apurado, os agentes foram para a torre norte. Fontes ouvidas informam que os agentes, portando mandados, foram fazer “investigação” (alguma busca e apreensão). Não levaram ninguém preso.

Mais de 110 policiais federais participam das operações, visando ao cumprimento de 42 mandados judiciais expedidos pela Justiça Federal, Subseção Judiciária de Cruzeiro do Sul/AC, sendo 29 de busca e apreensão, quatro de prisão, oito de sequestro de bens móveis e um mandado de afastamento cautelar do cargo público. Além disso, estão sendo bloqueados os ativos financeiros dos principais envolvidos no montante de aproximadamente R$ 6 milhões.

A Operação Jumper apura supostos desvios de recursos públicos no âmbito de dois termos de colaboração firmados pela Prefeitura de Cruzeiro do Sul com a Fundação Cultural e de Comunicação Valença – FCCV, envolvendo o repasse de aproximadamente R$ 25 milhões. De acordo com a investigação, os desvios eram dissimulados por meio de notas fiscais fraudulentas emitidas por empresas indicadas por agentes políticos e integrantes do esquema criminoso, as quais figuravam como prestadoras de serviços, sem que houvesse uma contraprestação legítima. Nos últimos anos, em outros Estados da Federação, a FCCV recebeu cerca de R$ 90 milhões.

O nome da operação tem em vista que a palavra, em inglês, significa saltador, o que remete ao modus operandi da organização criminosa investigada, que “salta” de município para município, estado para estado, na tentativa de cooptar agentes políticos e servidores à organização e, com isso, ampliar o montante de recursos públicos que poderá ser desviado, ocultado, dissimulado e movimentado em prol de seus membros.

Nota atualizada às 11h45.

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