Política

Família de menino morto após ficar preso em carro contradiz versão de motorista

Publicado em 14/12/2014, às 17h48   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



A família de Gabriel Martins de Oliveira Alves da Silva, de 2 anos, morto sexta-feira após passar duas horas preso em um carro fechado, reúne informações que contradizem a versão da motorista que o levava para a creche. O tio do menino, Fagner Silva, 31, disse que a condutora do transporte escolar irregular, Cláudia Vidal da Silva, 33, fez um trajeto contrário ao da creche onde o menino estudava. Além disso, no momento do acidente, Cláudia teria sido vista numa academia. À polícia, porém, a motorista alegou que foi uma fatalidade, já que desmaiou e, quando acordou, a criança estava tendo uma convulsão.

Gabriel deveria sair de casa, no Jardim América, e ir para a Creche Escola Espaço Infantil, em Irajá, mas ficou preso no carro de 10h às 12h. Para família, Claúdia esqueceu o menino no veículo. “Claro que ela não desmaiou. O trajeto não levaria mais do que 15 minutos”, disse Alessandra Martins, prima do menino, acrescentando que o transporte era feito em uma Doblò, mas, na sexta, foi usado um Gol preto.

De acordo com Silva, no dia da tragédia, Cláudia transportava a filha e um menino, que também era seu parente. Mas apenas Gabriel ia à creche. “Acho que as demais crianças iam para casa. Quando ela viu o Gabriel passando mal, passou na casa de uma amiga, antes de ir ao hospital”.

Segundo ele, a mãe da criança, a pedagoga Karla Martins de Oliveira, 34, e o marido, Flávio da Silva, 35, não sabiam que o transporte era irregular, pois foi indicado pela creche. “Eles indicaram o transporte da morte”. De acordo com Silva, a motorista alegou que Gabriel teria vomitado. “Mas a roupa dele e o carro estavam limpos. Como não sujaria?”. 

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