O ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP), deveria ser o centro das atenções na noite desta quinta-feira (26) na Câmara Municipal de Salvador, já que recebeu o título de cidadão soteropolitano. Mas, o prefeito João Henrique (PP) roubou a cena. Primeiro ele chegou meio enfezado e evitou às perguntas da imprensa. Em seguida, se dirigiu a uma sala próxima ao plenário Cosme de Farias e lá permaneceu até o início da cerimônia.
Durante a reclusão, a porta permaneceu trancada e nem mesmo o deputado federal Sérgio Carneiro (PT), irmão do prefeito, teve acesso. O problema é que o cerimonial já havia chamado João Henrique por duas vezes para compor a mesa da solenidade. Outros bateram à porta, mas não obtiveram sucesso. A situação só foi resolvida após intervenção dos vereador Alfredo Mangueira (PMDB).
Depois de muita lenga-lenga, o prefeito saiu do recinto e acompanhou o evento em que o presidente regional do PP se tornou o mais novo “filho” da capital baiana.
Os comentários nos bastidores dão conta de que a “birra” de João Henrique está relacionada às
ações movidas pelo Ministério Público contra ele por não repassar verbas para instituições de caridade.
O clima de poucos amigos pode prejudicá-lo durante a apreciação das contas do exercício de 2009 rejeitadas pelo TCM. Se a orientação dos conselheiros for mantida pela Câmara, João pode seguir os caminhos da prefeita de Candeias, Maria Maia (PMDB), que acabou
inelegível por oito anos.