Política

Imbassahy denuncia diretor da Agerba na Câmara

Imagem Imbassahy denuncia diretor da Agerba na Câmara
'É raposa tomando conta de galinheiro'  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 26/09/2011, às 17h32   Redação Bocão News




As denúncias de irregularidades, a falta de ética e de compustura atribuídas ao diretor-executivo da Agerba, Eduardo Pessoa, levaram o deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA) a fazer um longo pronunciamento na Câmara dos Deputados, no último dia 21 de setembro. O deputado fez um apelo ao governador Jaques Wagner para que não 'perca a compustura', mantendo na Agerba um agente público que fere, frontalmente, os princípios constitucionais, legais e éticos da administração pública.

Eduardo Pessoa assumiu a diretoria-executiva Agerba no dia 16 de fevereiro, por indicação do secretário da Fazenda, Carlos Martins, com o apoio das empresas de ônibus do sistema intermunicipal de transportes.

Imbassahy, que ingressou no Ministério Público da Bahia com uma ação e está processando Pessoa na Polícia Civil por prevaricação, afirmou que o diretor-executivo da Agerba, apesar de dirigir uma agência responsável pela regulação e fiscalização do transporte intermunicipal, presta serviços a empresas do setor através do seu escritório de advocacia.

Imbassahy citou que, ferindo os interesses do Estado, Eduardo Pessoa advoga para empresas de transportes até mesmo contra o órgão que dirige atualmente, a Agerba, citando entre elas a empresa Novo Horizonte.

'Mais uma vez, assistimos estarrecidos, no setor público, à velha fábula da raposa que toma conta do galinheiro. . Pasmem, Srs. Deputados, ferindo todos os princípios éticos, morais e legais, mesmo após a sua posse na direção da Agerba , fato ocorrido em 16 de fevereiro deste ano, o advogado Eduardo Pessoa, por intermédio de seu escritório de advocacia, continuou a patrocinar causas de interesse de empresas de ônibus, setor que deveria regular e fiscalizar''.

O parlamentar tucano lembrou, em seu discurso, que infelizmente a Agerba, na gestão de Eduardo Pessoa, frequentemente ocupa a mídia com denúncias de irregularidades. E lembrou o desabafo contra a corrupção de Roberto Busato, ex-Presidente Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, que assim se pronunciou:

"O comportamento indecoroso de alguns agentes públicos expôe ao desgaste as instituições do Estado, aprofundando o descrédito que já as fragilizava perante a sociedade. A pergunta que ecoa da voz das ruas é uma só: Perdemos a compostura?"

''Faço aqui nesta tribuna um apelo ao Governador Wagner para que não perca a compostura, mantendo na direção da AGERBA o Sr. Eduardo Pessoa, um agente público que fere, frontalmente, os princípios constitucionais, legais e éticos da administração pública''.

Imbassahy concluiu seu pronunciamento afirmando: ''O povo da Bahia exige dos seus representantes compostura, sem pairar sob os administradores públicos quaisquer tipos de suspeita''.

Na Agerba, Eduardo Pessoa é tido como um ''trator''. Recentemente, mandou realizar um ''REDA Curricular'' para contratar 22 funcionários, mesmo com o Ministério Público da Bahia tendo recomendado a suspensão do processo seletivo.

Além das denúncias contra Eduardo Pessoa levadas pelo deputado Antonio Imbassahy à tribuna da Câmara dos Deputados, o diretor-executivo da Agerba está se confrontando com outros diretores da autarquia, que discordam da condução de alguns processos, mediante a dispensa de licitação pública.

Recentemente, a empresa de consultoria Fipecafi, de São Paulo, foi contratada, sem licitação pública, para fazer uma ''consultoria''' no contrato de concessão da TWB. Por envolver rercusos públicos da ordem de R$ 700 mil, o diretor de Pesquisas e Tarifas da Agerba, Cássio Moreti, não aprovou a contratação e votou contra, no Colegiado da Agerba. Desde então, caiu em desgraça junto a Eduardo Pessoa e ao outro diretor da autarquia, Rondon Brandão.

Para complicar ainda mais a situação e esquentar o clima na Agerba, Cássio Moreti voltou a reagir, e desaprovou, em um parecer de cinco laudas, a contratação, também sem licitação pública, de uma empresa que prestaria serviços à Agerba com a missão de ''fiscalizar'' os serviços de manutenção da TWB.

O valor do contrato previsto inicialmente seria de R$ 4,3 milhões. Com o parecer contrário de Moreti, o valor caiu para a metade. Mesmo assim, Moretti continuou achando ilegal a dispensa de licitação. Por também ser contra a esse processo, o sub-diretor de Pesquisas da Agerba, Sérgio Medrado Bandeira, foi demitido há duas semanas por Eduardo Pessoa.


Fonte: Jornal da Mídia





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