Política
Publicado em 31/10/2019, às 06h38 Painel, Folha
A suspeita de que houve tentativa de forjar acusação que envolvesse Jair Bolsonaro na investigação do assassinato de Marielle Franco ultrapassa as fronteiras do Planalto e da PGR. A avaliação de integrantes do Judiciário é a de que buscaram manipular diversas instituições, inclusive o STF. Integrantes da corte dizem que as informações sobre o depoimento do porteiro que mencionara Bolsonaro foram enviadas ao Supremo a conta-gotas e com contradições aparentes, o que causou desconfiança.
Fontes do STF relatam que a primeira notícia de fato sobre o depoimento do porteiro do condomínio no qual o presidente morava chegou há cerca de 15 dias, já apontando inconformidade da versão com registros oficiais.
Dias depois foi enviado o áudio que mostra que, para ingressar no condomínio, o suspeito de ter servido de motorista aos supostos assassinos de Marielle ligou para a casa de um comparsa, e não para a do presidente, como dizia o porteiro. Tudo foi apenas remetido, sem análise ou juízo de valor formal, à PGR.
O vazamento à imprensa –o depoimento foi revelado pelo Jornal Nacional– ampliou o volume das críticas à porosidade de investigações sigilosas. Ministros chamaram Ministério Público e polícias de “irresponsáveis”.
Há temor no Parlamento e no STF de que o episódio só tenha servido para inflar o radicalismo de Bolsonaro contra instituições como a imprensa e o Ministério Público.
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