Política

Moro defende que “seria melhor recolher a lei do juiz de garantias e fazer uma nova”

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Na avaliação dele, a lei foi analisada de maneira açodada por parte do Congresso Nacional  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ TV Cultura

Publicado em 20/01/2020, às 23h37   Márcia Guimarães



O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, acredita que a implantação do juiz de garantia está sendo discutida da forma errada. Na avaliação dele, a lei foi analisada de maneira açodada por parte do Congresso Nacional.

“Não é pra dizer se é contra ou a favor. Tem que analisar os detalhes. Muitas comarcas só têm um juiz, sequer sabemos o impacto disso. Foi uma lei aprovada com questões bastante polêmicas e erros, sem que houvesse estudos. O legislador tinha que ter se preocupado antes de enviar para a sanção”, destacou Moro durante o programa Roda Viva, na TV Cultura, na noite desta segunda-feira (20).

Ele disse que “veio em boa hora” a decisão de Dias Toffoli de suspender a aplicação da lei temporariamente. O ministro ainda indicou que seria melhor “recolher a lei” e fazer uma nova. “A lei atual tem uma deficiência técnica e corre o risco de permitir que haja mais impunidade”, alegou.

Outro problema apontado por ele é sobre a leitura que poderá ser feita sobre a delação premiada. “O delator é obrigado a revelar todos os fatos sobre o crime, mas não se pode proibir que ele fale sobre outros crimes. Uma interpretação diferente desta não se sustenta, é ridícula. Se for diferente, não terá o efeito pretendido”, ressaltou. 

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