Política

Governo bolsonaro foi omisso e inexpressivo na área da educação durante a pandemia, diz ACM Neto

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O ex-prefeito de Salvador adverte para o risco de aprofundar ainda mais o abismo social no país, já que boa parte das crianças não tem acesso a internet e aulas remotas  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 10/04/2021, às 16h31   Eliezer Santos e Luiz Felipe Fernandez


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O presidente nacional do DEM, ACM Neto, afirmou em entrevista virtual nesta sexta-feira (9) que a educação é a sua maior preocupação para o futuro pós-pandemia. 

O demista diz que a situação do país é preocupante diante da total "omissão" e "inexpressividade" tanto do Governo Federal, quanto do Ministério da Educação, na figura do pastor Milton Ribeiro.

"Há uma coisa muito séria, que é a irrelevância do Ministério da Educação. Muitos sequer sabem o nome do ministro, dada a relevância que ele alcançou nesse momento crucial, quando o ministro deveria estar articulando as ações, organizando o país, discutindo o que a gente vai fazer para que não haja comprometimento de uma geração", criticou Neto. 

Mais de um ano sem uma solução para boa parte dos estudantes que não tem acesso a uma internet de qualidade, por exemplo, aprofunda o abismo social que já existe no Brasil, destaca o ex-prefeito de Salvador. 

"O país vai pagar, estamos pagando um preço da pandemia altíssimo no presente, não podemos pagar altíssimo no futuro também e é o que vai acontecer se nada for feito. Os esforços não são condizentes e compatíveis com o tamanho do problema que nós temos", disse Neto, que apoiou simbolicamente Jair Bolsonaro e 2018, mas de certa forma tenta se descolar da imagem do presidente em exercício, principalmente diante da sua condução controversa frente à pandemia.

"Eu peço que governadores e prefeitos possam entender e definir uma estratégia conjunta. No ano passado, a gente imaginava fazer um ano em dois, a essa altura não dá mais, tem que pensar logo imediatamente em 2022, rezar para conseguir fazer três anos em dois. Agora, a gente não tem como não apontar essa omissão lamentável e inexpressividade da atuação do Governo Federal nesse campo", completou.

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