Política

Semana da CPI da Pandemia começa quente com depoimento de Ernesto Araújo

Edilson Rodrigues/Senado
Bnews - Divulgação Edilson Rodrigues/Senado

Publicado em 18/05/2021, às 06h29   Victor Pinto



Está agendada para ocorrer nesta terça-feira (18) a oitiva na CPI da Pandemia, no Senado Federal, com o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Os requerimentos de convocação foram apresentados pelos senadores Marcos do Val (Podemos-ES) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

Os senadores querem aprofundar com o ex-chanceler informações sobre negociações internacionais que envolveram compras de medicamentos e de vacinas contra o coronavírus. 

Para o entendimento de alguns políticos, faltou articulação do ministério perante outros países e fabricantes estrangeiros por questões políticas e ideológicas. 

Entre os mais aguerridos nos assunto está o senador Alessandro Vieira que quer saber se os ataques à China feitos pelo ex-chanceler resultaram na falta de vacinas e insumos. 

“A oitiva do ex-ministro Ernesto Araújo é importante para a gente possa identificar com mais clareza como se deu a atuação do Brasil no cenário internacional na busca por vacinas e insumos no atendimento ao processo de combate à pandemia. As impressões que temos no momento é de que essa atuação foi muito tímida ou ineficiente. É importante ouvir do ex-ministro como o Ministério efetivamente se portou”, disse Vieira em entrevista a rádio Senado. 

Do Val diz que, no período como ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo “executou na política externa o negacionismo de Jair Bolsonaro na pandemia, o que teria feito o Brasil perder um tempo precioso nas negociações por vacinas e insumos para o combate à doença”.

Na quarta-feira (19) será a vez do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Ele seria a segunda testemunha ouvida, no início do mês, mas por ter tido contato com pessoas positivadas para o coronavírus, pediu o cumpriu de isolamento. O caso foi uma tática para conseguir tempo e evitar o depoimento. Ele conseguiu pelo STF um Habeas Corpus que garante  o direito de ficar calado sem ser preso e de ser acompanhado por um advogado.

 O senador Marcos Rogério (DEM-RO), uma os mais atuantes da tropa bolsonarista na comissão, acredita que Pazuello deverá responder a todas as perguntas. 

“O habeas corpus não é impeditivo para a prestação de um depoimento à CPI. Na verdade, o habeas corpus nesse momento representa uma opção de segurança contra abusos, contra excessos. Portanto, a minha expectativa é de que o ex-ministro fale sobre tudo o que foi e o que aconteceu na sua gestão à frente do Ministério da Saúde. Portanto, não tenho uma expectativa de que ele faça uso do HC para permanecer em silêncio, pelo contrário”, reforçou a rádio Senado. 

Requerimentos

Os membros da CPI também devem votar nesta terça requerimentos de convocação de autoridades como o coronel Antônio Elcio Franco Filho, ex-secretário executivo do Ministério da Saúde, e o presidente do Plenário da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), Hélio Angotti Neto.

Também deve ser analisado pedido de quebra de sigilo de empresas ligadas ao ex-secretário de Comunicação do governo Fabio Wajngarten, que foi ouvido pela CPI na  semana passada. 

Com informações da Agência Senado

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