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MPF quer que a Operação Castelo de Areia volte a atuar

Imagem MPF quer que a Operação Castelo de Areia volte a atuar
Investigações deixariam políticos do Brasil e da Bahia de cabelo em pé caso sejam retomadas  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 09/08/2013, às 07h42   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



Pesadelo de políticos em todo o Brasil e também na Bahia, a Operação Castelo de Areia pode voltar à ativa após um pedido do Ministério Público de São Paulo. O órgão recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que a corte libere o retorno dos trabalhos da Polícia Federal, paralisados em 2010 após um ano de atividade.
Quem ficou responsável por analisar o pedido e relatar o processo foi o novo ministro, Luiz Roberto Barroso. Não há por enquanto nenhum prazo relacionado ao caso, o que deve fazer muita gente em todo o Brasil se preocupar bastante. Aproximadamente 200 políticos das mais diversas colorações podem estar envolvidos com o recebimento bilionário de dinheiro relativo aos escândalos defraudados.
A Castelo de Areia teve início em 2009 após denúncias anônimas relacionarem a construtora Camargo Correia a um grande esquema de fraudes financeiras e desvio de verbas em obras públicas em todo o Brasil. Um dos mais citados durante os trabalhos foram o atual vice-presidente da República, Michel Temer, com 21 citações.
Na Bahia, a Castelo de Areia começou a desvendar as supostas fraudes financeiras ocorridas no metrô de Salvador. No caso baiano, as construtoras Camargo Correia e a Andrade Gutierrez foram denunciadas por formação de cartel, fraudes no processo de licitação e formação de quadrilha na obra. A suspeita foi desvendada após uma série de documentos ter sido encontrada em uma das empresas.
Em 1999, quando a licitação do metrô ocorreu, a vencedora foi o consórcio Cigla, que incluía a empresa italiana Impregilo e pela construtora brasileira Soares da Costa. Pouco depois, porém, a Cigla desistiu de fazer o trabalho e o consorcio Metrosal foi o escolhido para levar o trabalho adiante. O Metrosal era formado por Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez e a companhia alemã Siemens.
De acordo com o Ministério Público Federal, um dos investigados na Castelo de Areia tinha provas de que o Metrosal pagou quantias milionárias à Cigla para que desistisse da licitação e cedesse seu lugar. Logo após isto, as documentações indicaram que Camargo Correa e Andrade Gutierrez fizeram um acordo oculto com as empresas Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Alstom e Constram.
Todas concorrentes no processo de seleção, as firmas acertaram que, saindo qualquer uma delas como vencedora na licitação do metrô baiano, todas as demais, de comum acordo, participariam da execução da obra e de sua remuneração. As investigações foram paralisadas em 2010 porque, segundo o próprio STF, as fontes anônimas da investigação podem começa-la, mas nunca continua-la. 

Publicada no dia 08 de agosto de 2013, às 16h17

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