Política

Bolsonaristas entregam pedido de impeachment contra ministro do STF

Marcello Casal Jr / Agência Brasil
O documento conta com a assinatura de 15 senadores e aproximadamente 70 deputados  |   Bnews - Divulgação Marcello Casal Jr / Agência Brasil
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 19/07/2023, às 13h21 - Atualizado às 14h20



Um grupo de senadores e deputados da oposição entregaram na manhã desta quarta-feira (19) um pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.

O documento entregue ao Senado cita um discurso do magistrado durante a sua participação no Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), ocorrido na última quarta-feira (12), em que ele diz que o Brasil derrotou o bolsonarismo

Entre os parlamentares presentes no ato de entrega do pedido de impeachment estiveram os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Jorge Seif (PL-SC), além dos deputados Carlos Jordy (PL-RJ) e Cabo Gilberto Silva (PL-PB).

O documento conta com a assinatura de 15 senadores e aproximadamente 70 deputados. No pedido, os parlamentares alegaram que o próprio presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), teria criticado a declaração de Barroso e prometido avaliar qualquer ação de impeachment que chegasse à Mesa Diretora.

De acordo com o líder da oposição na Câmara, Carlos Jordy, a fala de Barros “fere de morte a lei do impeachment, a Constituição e a democracia”.

“Não está entre as atribuições de um ministro do Supremo derrotar ninguém e sim zelar e guardar a Constituição. Se ele quer derrotar alguém, que seja nas urnas, mas que seja candidato. É esse tipo de comportamento que não podemos mais tolerar”, completou.

Já o senador Flávio Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, disse que ao longo do governo de seu pai ele sempre atuou para distensionar a relação entre o Executivo e o STF, mas que neste momento era preciso “traçar uma linha do que é democrático”.

“Com que legitimidade o ministro Barroso assume agora a presidência do Supremo? Com que moral ele vai assumir a presidência do CNJ? Para punir magistrados que por ventura tenham feito manifestações de cunho político e partidário como ele fez”, disse.

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