Política

Nikolas Ferreira é alvo de ação na PGR por comparar homossexualidade com alcoolismo

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Em entrevista a um podcast, o bolsonaris disse ainda que homossexuais estão sendo usados pelo “diabo”  |   Bnews - Divulgação Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

[email protected]

Publicado em 19/10/2023, às 09h48



O deputado do Distrito Federal Fábio Félix (PSOL) acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) na última quarta-feira (19) contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) por conta de falas consideradas homofóbicas dadas em entrevista a um podcast cristão no último dia 10 deste mês.

Inscreva-se no canal do BNews no WhatsApp

Na oportunidade, Nikolas comparou a homossexualidade a outros "pecados", como o alcoolismo. Ele comentava sobre como a igreja deveria atuar em relação ao "ativismo LGBT e a homossexualidade".

“Para mim o pecado da homossexualidade não é um pecado sacrossanto, não é um super pecado porque tem as suas dificuldades, sua complexidade. Eu imagino que deva ser algo muito difícil, uma pessoa ter desejo por outra pessoa (...). Porque assim, tem gente que vai passar a vida inteira desejando fumar, mas não vai fumar porque largou o fumo e tal. Então, você vai ter ali o relacionamento homossexual, onde você vai ser levado por aquele desejo que faz com que se afasta da vontade de Deus, assim como a bebida, assim como a mentira, assim como a gula, fofoca, tudo que a Bíblia condena”, disparou Nikolas.

Em outro momento, ao comentar sobre as "formas de abordagem" para a comunidade LGBTQIA+, o bolsonarista disse que a homossexualidade é uma "ilusão" e que homossexuais são usados pelo "diabo".  “O que tá acontecendo com você é uma é uma ilusão uma mentira sabe você tá sendo usado pelo diabo e tal. Beleza é uma maneira de você abordar a pessoa”, disse.

Em sua denúncia, Fábio Félix diz que Nikolas proferiu "mensagens discriminatórias contra a população homoafetiva, comparou os casais homoafetivos ao vício em bebidas, gula, mentiras e, em tom messiânico, propôs uma espécie de 'cura gay'".

Ainda segundo o deputado distrital, o bolsonarista "usou de uma suposta liberdade religiosa e subterfúgios de cunho religioso para promover preconceito, exclusão e ofensa a população homoafetiva".

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp