Coronavírus

Início da vacinação é importante, mas não dispensa medidas de prevenção, alertam especialistas

Vagner Souza/Arquivo BNews
A Anvisa autorizou neste domingo (17), por unanimidade, o uso emergencial das vacinas Coronavac e da Universidade de Oxford   |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/Arquivo BNews

Publicado em 18/01/2021, às 11h10   Diego Vieira


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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou neste domingo (17), por unanimidade, o uso emergencial das vacinas Coronavac e da Universidade de Oxford contra a Covid-19.  O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello,  disse que a distribuição dos imunizantes adquiridos até o momento aos estados e municípios acontecerá a partir das 7h desta segunda-feira (18).

Para especialistas ouvidos pelo BNews, a autorização para o início da imunização foi um passo importante na luta contra a pandemia, no entanto, não dispensa as medidas de prevenção como o uso de máscara e álcool em gel e o distanciamento social. 

De acordo com o virologista Gúbio Soares, responsável pela descoberta do Zika Vírus no Brasil, só será possível saber a real eficácia das vacinas seis meses após a aplicação das mesmas.

“O início da vacinação vai tranquilizar a população, mas tem que ficar claro que leva no mínimo 90 dias para sabermos o efeito da vacina, ou seja, não se pode tomar a vacina e achar que não vai pegar o vírus. Especialistas alertam que o indivíduo pode não manifestar a doença, mas ainda assim pode está infectado e transmitir o vírus, ou seja, as pessoas podem tomar a vacina e ainda assim transmitir a doença. É muito cedo para afirmar se a vacina é efetiva”, alerta.

O virologista ressalta ainda que mesmo após a imunização, é necessário seguir as medidas de prevenção para evitar a transmissão do vírus. “Só daqui a seis meses para sabermos se as pessoas irão manter um alto nível de anticorpos no organismo e só assim a gente vai ter uma ideia de como a vacina vai atuar e defender os indivíduos. O passo da Anvisa é importante, mas cabe a população continuar se protegendo”, diz. 

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Já a infectologista Clarissa Falcão destacou a eficácia da vacina Coronavac, do Instituto Butantan desenvolvida em parceria com o laboratório Sinovac. 

“A notícia é muito boa para o Brasil até porque a vacina está sendo produzida aqui no país, ou seja, teremos essa facilidade na logística. Algumas pessoas estão um pouco inseguras, mas o imunizante tem uma segurança inquestionável. A eficácia a gente consegue reduzir em 50% o número de pessoas infectadas”, afirma.

Apesar disso, ela ressalta que só haverá um controle da propagação da doença após a aplicação em um percentual alto da população. “A gente vai precisar que um percentual da população seja vacinada. Só assim vamos conseguir controlar a propagação da doença, porém enquanto isso não acontece teremos que manter as medidas de prevenção como uso da máscara e álcool em gel e evitar aglomeração”, diz.

No último dia 12, o prefeito anunciou o Plano Municipal de Vacinação contra o coronavírus. De acordo com o gestor municipal, a capital baiana terá 23 centros de imunização e nove drive-thru. Além disso, haverá aplicação da vacina em asilos, instituições hospitalares e em domicílios de pessoas acamadas. Ao todo, serão 506 box de vacinação, o que possibilita a aplicação de 15 mil doses por hora na cidade. 

Segundo Reis, a previsão é que a imunização na capital baiana comece em até 72h após o recebimento dos imunizantes. 

O plano divulgado pelo prefeito foi divido em quatro fases.

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