Brasil
Publicado em 25/05/2015, às 15h45 Carol Carquejeiro / Valor Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)
Um dos donos da Engevix Engenharia, Gerson de Mello Almada, confirmou à Operação Lava Jato que a empreiteira pagou “comissões” a Milton Pascowitch que chegaram a “0,9%” dos contratos que o Estaleiro Rio Grande – controlado pela empreiteira – fechou para construção de sondas do pré-sal, para a Petrobrás.
De acordo com o Estadão, a confirmação do empresário de que Pascowitch recebia “comissões” pelo “lobby” que fez nos contratos do Estaleiro Rio Grande foi um dos elementos que levaram a Justiça Federal a decretar a prisão preventiva do lobista, na última semana.
“Vinculado a esse negócio foi firmado um contrato de consultoria com a Jamp (Engenharia Associados) de Milton Pascowitch, o qual foi calculado em torno de 0,75% a 0,9% do valor do contrato das sondas, que girou em torno de US$ 2,4 bilhões, estando o contrato ainda em execução”, declarou Almada.
A prisão de Pascowitch nesta semana é fruto desse aprofundamento de produção de provas no setor que orbita o pré-sal. Ele foi o terceiro operador de propina apontado como representante dos estaleiros contratados pela Sete Brasil – empresa criada pela Petrobrás, em parceria com fundos de pensão público e privados, além de três bancos, e que fechou um contrato para projeto de construção de sondas no Brasil, no valor de R$ 25 milhões, em 2011 – a ser preso pela Lava Jato.
Pascowitch é dono da Jamp Engenheiros Associados, e também um dos cinco acusados pela força-tarefa da Lava Jato de serem operadores de propina nos contratados de construção de 29 sondas para exploração de petróleo em águas profundas, pela Petrobrás, via empresa Sete Brasil S.A..