Coronavírus

Prefeito de Manaus discorda de reabertura de atividades econômicas no Amazonas: "Considero prematuro"

Apesar de defender que é necessário que todas as autoridades "remem na mesma direção", Arthur Virgílio diz que teme por 2º onda da Covid-19 na região  |  Reprodução/Portal de Holanda

Publicado em 28/05/2020, às 09h21   Reprodução/Portal de Holanda   Marcos Maia

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), demonstrou preocupação em suas redes sociais com o plano de reabertura das atividades econômicas do estado do Amazonas a partir de 1º de junho. Em vídeo publicado na madrugada desta quinta-feira (28),o prefeito contou que havia participado de uma reunião por videoconferência com o governado Wilson Lima no qual o tema foi debatido.

Apesar de dizer que torce pelo sucesso do plano, Virgílio disse que teme que o Estado enfrente uma segunda onda do novo coronavírus, e lembra que o Amazonas é uma das unidades da federação mais afetadas pelos efeitos da doença.

"Eu mesmo disse: Olha, eu considero prematuro. Considero que pelo perigo de uma recidiva - seja por contágio no interior, seja por qualquer razão outra, quando a gente observa que o número de sepultamentos por razão outra inclusive cresceu -, eu não assinaria isso. Não sou a favor, mas vou ajudar", afirmou.

Discuti em reunião com o governo estadual, por meio de videoconferência, a reabertura do comércio na capital amazonense, a partir do dia 1º de junho. É preciso cautela nessa reabertura, porque, apesar da redução de sepultamentos na capital, o número de casos continua subindo. pic.twitter.com/dABaY3YlkJ

— Arthur Virgílio Neto (@Arthurvneto) May 28, 2020

Ele acrescentou que é necessário que todos "remem na mesma direção" e garantiu que as autoridade permanecerão firmes na luta contra a covid-19. A reunião também contou com a presença de membros do judiciário e legislativo. 

De acordo com informações do último boletim epidemiológico divulgado pelo ministério da Saúde na noite da última quarta (27), o Amazonas segue como o quarto estado com mais diagnósticos da doença - 33.508 - e acumula um total de 1891 óbitos.

Temo por uma segunda onda, um segundo pico, que pode ser ainda mais grave. Eu não faria um plano de reabertura agora, mas, como foi feito, coloco toda minha torcida para o êxito. Vamos lutar para que dê certo, mesmo eu não concordando com a ideia. pic.twitter.com/jUxSd45hYF

— Arthur Virgílio Neto (@Arthurvneto) May 28, 2020

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