Coronavírus

Ministério da Saúde está na mira do TCU por suspeita de irregularidades em contrato de compra de testes rápidos

De acordo com relatório do órgão, as especificações do objeto de aquisição mudaram diversas vezes   |  Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 22/10/2020, às 14h33   Marcelo Camargo/Agência Brasil   Redação BNews


Um contrato para a compra de testes rápidos para detecção de Covid-19 feito pelo Ministério da Saúde está sob a mira do Tribunal de Contas da União. O termo para a aquisição de 10 milhões de kits de reagentes por R$ 133,2 milhões está sob suspeita de irregularides, segundo informações da Diretoria de Integridades do TCU.

O acórdão aprovado na última quarta-feira (21) na Corte tem como base o relatório feito pela Secretaria de Controle Externo da Saúde do TCU, que aponta para diversas mudanças "na especificação do objeto a ser contratado" durante o processo.

A pasta teria ainda ignorado o pedido de reconsideração da licitação, feita pela empresa que ficou em segundo lugar, que alegou direcionamento à instituição vencedora. Alguns membros do Ministério da Saúde sequer foram informados da requisição, de acordo com O Globo.

"Conforme explanado por um dos integrantes da Dinteg (Diretoria de Integridade do Ministério da Saúde), a partir da documentação relacionada à contratação, é possível verificar a existência de indícios de irregularidades na contratação, o que evidencia a falta de planejamento e coordenação por parte do Ministério da Saúde para a aquisição", diz o relatório do TCU.

O contrato foi assinado em agosto, já pelo atual ministro e general Eduardo Pazuello, que nos últimos dias viu a sua relação com o presidente Jair Bolsonaro estremecida com a polêmica em torno do protocolo para compra da CoronaVac, assinada pelo titular da pasta com o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), atual desafeto do líder do Planalto.

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