Coronavírus
Publicado em 06/10/2021, às 09h59 PMDF/Divulgação Redação BNews
Um dos grupos prioritários do programa da imunização contra a Covid-19 no Brasil, os policiais civis, militares e bombeiros se vacinaram menos do que a média da população. No país, hoje 81% da população geral acima de 12 anos já recebeu ao menos uma das doses, mas a porcentagem da categoria é abaixo deste índice.
Em todo o país, 76 mil membros da força de segurança e salvamento não se vacinaram contra a doença, segundo os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública e dos planos estaduais de imunização, entre os 773.896 membros estimados, que representa 9,85% do total.
Além do risco à própria vida, esta quantidade de trabalhadores sem ao menos uma dose da vacina coloca em risco os próprios colegas da coorporação e a população em geral, já que boa parte do trabalho é feito nas ruas. Esta foi, inclusive, a principal razão para inclusão do setor no público prioritário.
O Maranhão é o estado com mais baixa adesão de policiais e bombeiros com somente 45% dos membros vacinados contro novo coronavírus. Segundo a Secretaria de Saúde do estado, somente 10.230 dos 22.723 integrantes buscaram a imunização contra a doença.
No Acre, na Paraíba e no Paraná, um pouco mais da metade dos empregados nas duas áreas procurou os postos de vacinação, com 51,7%, 53,2% e 53,1% de membros que tomaram ao menos uma dose, respectivamente. No Paraná, 11.753 PMs ainda precisam ser imunizados. Amapá (66,2%), Santa Catarina (68,9%), Piauí (79,7%), Rondônia (74,3%), Tocantins (73,2%), Roraima (73,6%) e Rio de Janeiro (72,2%) também compõem a lista das unidades federativas que ficam abaixo da média nacional de vacinação.
Leia também
Após três meses, Queiroga define novo coordenador do Programa de Imunização
Inconsistências nos dados também dificulta uma contagem mais eficiente. Na Bahia, por exemplo, a conta não fecha, já que a porcentagem de imunizados com a primeira dose ultrapassa o total do público da campanha. O mesmo ocorre com Alagoas, Ceará e São Paulo.
Segundo informações do site Metropoles, a Bahia, que foi questionada por apresentar 122,8% dos seus servidores com a primeira dose, afirmou que o número está correto e que talvez a reportagem estivesse “com dificuldade para interpretar adequadamente” seus dados. Acrescentou ainda que o fato é justificável pela utilização do termo “estimativa” em notas técnicas sobre o assunto. O estado possui a maior defasagem de números reais de seus servidores em todo o país.
Matérias relacionadas
Salvador aplica vacina contra Covid-19 em adolescentes de escolas municipais nesta quarta (6)
Pandemia teve impactos diretos para bebês e crianças, diz estudo