Justiça

Defesa de Queiroz informa desconhecer movimentação de R$ 7 milhões

O advogado do ex-assessor de Flávio Bolsonaro assegura que pretende voltar ao MP nesta segunda, para requisita informações referentes às contas   |  Reprodução/SBT

Publicado em 20/01/2019, às 19h19   Reprodução/SBT   Redação BNews

A defesa de Fabrício Queiroz , ex-policial militar que assessorava o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), informou neste domingo, que desconhece os vultosos valores registrados na conta de seu cliente desde 2014.

Conforme o colunista Lauro Jardim revelou neste domingo, além dos R$ 1,2 milhão movimentados de forma atípica entre janeiro de 2016 e o mesmo mês de 2017, o ex-motorista do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) transacionou mais R$ 5,8 milhões nos dois anos anteriores, totalizando uma movimentação de R$ 7 milhões em três anos .

Desde julho do ano passado, Queiroz é alvo de um procedimento investigatório criminal instaurado pelo Ministério Público do Rio por conta de movimentações incompatíveis com sua renda. Chamado a dar explicações  em quatro ocasiões — 14, 16, 19 e 21 de dezembro — ele não compareceu ao MP, alegando impedimento por causa de um câncer.

Porém, conforme seu advogado Paulo Klein, afirma, embora tenha pedido ao MP acesso às informações registradas pelo Coaf sobre Queiroz, não obteve tais documentos.

“Eu tinha pedido na semana passada para ter acesso a essas informações e foi dito que isso não tinha sido documentado na investigação. Pedi cópia das informações do Coaf e também de eventuais testemunhas que tenham sido ouvidas. Não entregaram. Disseram: ‘doutor, não tem nenhuma informação do Coaf depois daquela’. Para mim foi uma surpresa a imprensa ter tido essa informação sem a defesa ter tido acesso primeiro”, declarou ao Jornal o Globo.

Klein, assegura que pretende voltar ao MP nesta segunda-feira (21), para requisitar, mais uma vez, as informações do Coaf referentes às contas de Queiroz.

Segundo Klein, o fato de Queiroz estar se recuperando da cirurgia para a retirada de um tumor, realizada em 1º de janeiro, impossibilitou que cliente e advogado se reunissem e, portanto, que a defesa obtivesse os extratos bancários de Queiroz.

“Preciso ter acesso aos extratos. Até já comentei com ele, que a gente vai precisar dos extratos bancários. Eu não sei se ele tem mais de uma conta, não sei se é uma conta só, não tive acesso aos extratos nem à movimentação do Coaf”, reafirmou.

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