Justiça

"Acho que muita coisa ainda vem por aí", diz Eliana Calmon sobre Operação Faroeste

A Operação Faroeste tem como objetivo combater esquema criminoso de venda de decisões judiciais, por juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA)  |  Divulgação/CNJ

Publicado em 08/10/2020, às 19h54   Divulgação/CNJ   Redação BNews

Na avaliação da jurista e magistrada baiana Eliana Calmon, a Operação Faroeste, deflagrada pela Polícia Federal em novembro de 2019, ainda vai revelar novos desdobramentos relevantes.

"Acho que muita coisa ainda vai desenrolar, muita coisa vem por aí. Realmente, existiam decisões 'sem pé nem cabeça'. De repente, chegava uma decisão alucinada. Uma necessidade que se tinha: 'não, eu sou competente para discutir essa competência'. A insistência de determinados magistrados já era um indício que alguma coisa existia", avaliou, em entrevista ao jornalista José Eduardo, na rádio Metrópole, nesta quinta-feira (8).

A Operação Faroeste tem como objetivo combater esquema criminoso de venda de decisões judiciais, por juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA), além de corrupção ativa e passiva, lavagem de ativos, evasão de divisas, organização criminosa e tráfico influência.

"O juiz ganha muito bem. Entendo que não ganha absurdo que as pessoas dizem, mas ele ganha muito bem, pra ter uma vida digna, não precisa fazer isso", completou a jurista, cobrando que haja órgãos de controle mais efetivos.

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