Justiça

PGR defende que polícia possa acessar celular apreendido sem ordem judicial

A manifestação de Augusto Aras ocorreu no âmbito de um recurso relativo a um caso que ocorreu no Rio de Janeiro, e que discute a licitude de provas obtidas de celulares apreendidos com suspeitas ou em locais onde foram cometidos crimes  |  Jefferson Rudy/Agência Senado

Publicado em 29/10/2021, às 07h52   Jefferson Rudy/Agência Senado   Redação BNews

O procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, defendeu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que autoridades policiais podem acessar todos os dados de um celular deixado no local de um crime - ou apreendidos no momento em que um suspeito é preso. 

De acordo com o colunista Guilherme Amado, Aras avaliou, em entendimento enviado à corte na semana passada, que o ato não representa uma violação do direito à privacidade e “facilita” o trabalho da polícia.

A manifestação do PGR ocorreu no âmbito de um recurso relativo a um caso que ocorreu no Estado do Rio de Janeiro, e que discute a licitude de provas obtidas de celulares apreendidos com suspeitas ou em locais onde foram cometidos crimes.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) anulou a condenação de uma pessoa processada por roubo ao entender que as provas foram recolhidas de maneira ilícita. 
A pessoa foi identificada pela polícia com base na análise do histórico de chamadas e fotos salvas de um celular que caiu durante a fuga.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) recorreu da decisão, mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a decisão do TJ-RJ, e considerou como “ilícita” as provas apresentadas.

Diante disso, o Ministério Público Federal (MPF) entrou com o recurso, e o caso está sendo analisado há um ano pelo STF.

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