Justiça

Presidente do TJ da Bahia é acusado de liberar indenizações superfaturadas

Ex-presidente também está na lista do Conselho  |  

Publicado em 09/10/2013, às 16h44      Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)

Os mais poderosos nomes do Tribunal de Justiça da Bahia desde 2010 estão no alvo de uma investigação do CNJ que apura suspeitas de pagamentos indevidos de precatórios. De acordo com o colunista Lauro Jardim, da Veja, o presidente do TJ-BA, Mario Alberto Hirs, e sua antecessora, Telma Britto, são acusados de liberar indenizações superfaturadas. Ainda de acordo com o colunista, o prejuízo ao erário, pelos cálculos do CNJ, esbarra nos 400 milhões de reais.
 
 
Como os processos de precatórios costumam envolver cifras exorbitantes e juros para todo lado, qualquer variação no cálculo do valor da indenização impacta absurdamente no montante final que sai do caixa do Estado. O CNJ não tem indicativos de ganho financeiro de Hirs, Telma e dos outros dois suspeitos de participar das irregularidades – Ricardo D’ Ávila, juiz em Salvador, e um servidor do TJ-BA. Mas isso não vem ao caso.
 
Os flagrantes erros no cálculo das indenizações já são suficientes para o Conselho apurar a conduta dos magistrados até a nona casa decimal. Francisco Falcão pedirá abertura de processo disciplinar administrativo contra os quatro suspeitos na reunião do CNJ marcada para o dia 22.

A reportagem do Bocão News já entrou em contato com a assessoria do TJ, que deve ainda nesta quarta-feira (9) falar sobre o assunto. Uma coletiva pode ser marcada para que o presidente esclareça as acusações.

Nota originalmente postada às 9h do dia 8

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