Justiça
Publicado em 09/03/2022, às 07h49 Fábio Rodrigues Pozzebon/Agência Brasil Redação
Condenados na Lei da Ficha Limpa podem receber um 'benefício'. Tudo isso vai depender de uma ação que o Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar nesta quarta (9), a partir das 14h. A decisão dos ministros vai influenciar o tempo que os políticos enquadrados na lei ficarão com os direitos políticos suspensos e, consequentemente, inelegíveis.
A Ficha Limpa prevê oito anos de inelegibilidade para condenados por um órgão colegiado, em segunda instância. A legislação criada em 2010 também preconiza que esses oito anos só começam a contar ao final da tramitação de todo o processo, após o cumprimento da pena. Com isso, alguns políticos ficam inelegíveis por mais tempo que outros, a depender da duração do processo.
Leia também: STF autoriza extradição de italiano Rocco Morabito, ‘rei da cocaína em Milão’
Investigado na Faroeste, desembargador baiano é aposentado pelo TJ-BA
A relatoria do caso, movido em 2020 pelo PDT, é do ministro Nunes Marques. Marques deu razão ao partido e determinou que o tempo de inelegibilidade não pode ultrapassar os oitos anos previstos na legislação, independente do período em que o processo leve.
Segundo Nunes Marques, o político enquadrado na Lei da Ficha Limpa já fica proibido de concorrer a cargos políticos durante o período entre a condenação e o cumprimento da pena e avalia que esse período deve ser descontado dos oitos anos de suspensão. Essa decisão está em vigor atualmente.
O que o STF decide hoje é se confirma ou altera o veredito de Nunes Marques. Em setembro do ano passado, o caso foi levado ao plenário virtual da Corte, mas o ministro Alexandre de Moraes suspendeu o processo para analisar os autos. Em novembro, Moraes liberou o caso para julgamento.
Siga o BNews no Google Notícias e receba as principais notícias do dia em primeira mão!
Governo quase triplica limite de pessoas em eventos na Bahia
STF autoriza extradição de italiano Rocco Morabito, ‘rei da cocaína em Milão’