Economia & Mercado
Publicado em 20/07/2021, às 16h26 Divulgação Redação BNews
A Novonor, antiga Odebrecht, está querendo se desfazer da fatia de 38,3% que detém da Braskem em uma única transação. Segundo informações do jornal Valor Econômico, por conta de interesses por operações específicas da petroquímica, a venda pode ser realizada em formato diferente. A empresa mostrou uma posição mais flexível e está aberta a analisar as propostas por blocos de ativos regionais.
De acordo com a reportagem, a etapa de recebimento de propostas não vinculantes já foi concluída e o processo, liderado pelo Morgan Stanley, entra agora na fase de seleção das ofertas que seguirão no páreo.
Na primeira etapa da negociação houve propostas por ações que representam 50,1% do capital votante ou 38,3% do capital total da Braskem, que foram detidas pela Novonor e manifestações de interesse em operações específicas.
Além do Brasil e Estados Unidos, a Braskem também possui unidades industriais na Alemanha e no México.
Ainda de acordo com as informações do Valor, no Brasil, a cisão dos ativos para venda a diferentes compradores é considerada complexa, inclusive do ponto de vista industrial e de logística, e não até o momento não existe intenção de fatiamento da operação.
Outras empresas petroquímicas conhecidas mundialmente, como é o caso da chinesa Sinopec, não entraram na disputa, que atraiu fundos de private equity e indústrias químicas.
Caso a venda fatiada da Braskem se mostre mais vantajosa, a Novonor terá de negociar com os demais acionistas da petroquímica, inclusive com a Petrobras. Isso causaria alterações no cronograma pretendido inicialmente, que previa a assinatura de um acordo formal até o final do ano e término da negociação prevista para o próximo ano.