A comissão de educação da Assembleia Legislativa busca uma solução para que a greve dos professores da rede estadual de ensino. Deflagrada há nove dias a paralisação atinge seu nono dia sem perspectiva de ser encerrada.
Os representantes da categoria estão irredutíveis na cobrança do cumprimento de um acordo firmado no ano passado. O governador Jaques Wagner já afirmou que não tem condições de bancar a demanda e que não responde por compromissos do quarto escalão.
A deputada estadual, Kelly Magalhães (PCdoB), presidente da comissão de Educação, marcou uma reunião com o diretor da APLB sindicato, Rui Oliveira, para discutir uma saída. O fato dos dois serem correligionários – o dirigente também é filiado ao PCdoB – não deve facilitar a situação para a parlamentar.
“Nós queremos discutir com os professores para chegarmos a uma solução”, afirma a deputada. De acordo com ela, dois pontos precisam ser dirimidos. O primeiro é a declaração de Wagner de que não tem como pagar os 22% para toda a classe. O segundo é um artigo no projeto de Lei que tramita na Assembleia Legislativa.
“A questão do subsídio que, para os representantes dos professores, cria duas categorias precisa ser discutida. Vamos sentar para fazer a leitura correta do projeto. Pode ser que cheguemos a um acordo que esteja mais próximo das expectativas de todos”.
A disposição da legisladora vem em um dia que começou com tenso. As secretarias de Educação e Administração ameaçaram cortar o ponto dos professores grevistas. Os docentes permanecem ocupando o prédio Luís Eduardo Magalhães e criticando a intransigência do governo estadual.
O encontro está marcado para segunda-feira (23) no gabinete da deputada. Além da presidente outros membros da comissão devem participar – Bruno Reis (PRP), Bira Coroa (PT), Caca Leão (PP), Ivana Bastos (PSD), Sandro Régis (PR), Rosemberg Pinto (PT) e Zé Raimundo (PT).
A reunião está marcada para segunda-feira (23), até lá, ao que tudo indica, a greve permanece.
A reportagem do
Bocão News tentou entrar em contato com o diretor da APLB, mas não teve sucesso.
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