Eleições
Publicado em 25/08/2016, às 21h43 Vagner Souza / Bocão News Eliezer Santos
O prefeito ACM Neto (DEM) participou nesta quinta-feira (25) da sabatina realizada pelo programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, com os candidatos ao comando do Palácio Thomé de Souza.
Sob a mediação do apresentador Zé Eduardo, ACM Neto respondeu perguntas dos jornalistas do Bocão News, Victor Pinto e Cíntia Kelly, do jornal A Tarde, Biaggio Talento, do grupo Metrópole, Mateus Morais, e do site Bahia.ba, Ivana Braga.
Entre diversos assuntos, Neto comentou o rompimento da vice-prefeita Célia Sacramento, a escolha de Bruno Reis para vice e os investimentos feitos na cidade na primeira passagem pela administração municipal.
Sobre os constantes atritos com o governador Rui Costa (PT) via imprensa, Neto disse que só responde quando é provocado. “Nenhum soteropolitano me viu fazer provocação gratuita ao governador. Só respondo quando sou provocado. Construí entendimento com o governo do estado, governo federal sem nenhum problema. Não sou de tá pirraçando, de tá criando caso, pelo contrário, sou criterioso”.
O prefeito, porém, não poupou críticas à atuação da Embasa. “Temos problema sério com a Embasa. Quando faço recapeamento asfáltico de uma rua e logo em seguida a Embasa vai lá e esburaca tudo, eu tenho que reclamar. Eu estou fazendo isso em defesa da cidade. Infelizmente o governador nem sempre consegue ouvir críticas, solicitações. É fácil você estar do lado de pessoas que só fazem dizer amém. Comigo não é assim. É engraçado, porque 97% das obras realizadas pela prefeitura foram com recursos próprios. Eu não fico dependendo do governo federal para fazer obra não”, cutucou.
O chefe do Palácio Thomé de Souza sustentou que o serviço de transporte particular, Uber, continua operando de forma irregular, uma vez que não tem a regulamentação do município, e destacou a realização do processo de concessão dos ônibus coletivos “que estava há 40 anos na gaveta”. ACM Neto garantiu que não apoia nenhum projeto relacionado à demissão de rodoviários de Salvador.
Sobre os ex-secretários de Gestão e Educação, Alexandre Paupério e João Carlos Bacelar (PTN) suspeitos de envolvimento com atos de corrupção, ACM Neto rebateu: “Ambos respondem por assuntos que nada têm a ver com a minha gestão”.
O prefeito também responder às denúncias feitas por Célia Sacramento de superfaturamento nas obras da Barra e do Rio Vermelho, além dos ataques do vereador José Trindade (PSL) de que sumiram R$ 26 milhões destinados à reforma do Rio Vermelho. “Não sumiu um centavo da prefeitura de Salvador. O vereador está sendo processado por mim. Comigo é assim, se vier com qualquer acusação indevida, eu não hesitarei, vou processar mesmo”. Segundo ele, Salvador saiu da 20ª colocação e foi à 13ª em transparência, conforme a Câmara de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal (MPF).
Sobre a “nacionalização” da campanha de Salvador e a possível vinda do ex-presidente Lula a capitam baiana em apoio às candidaturas de oposição não o assustam. “O debate é municipal. As pessoas, para escolher o prefeito, não tão querendo o que está acontecendo em Brasília, elas querem saber o que está acontecendo na cidade”.
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