Às 8 horas da manhã a cena já era de ‘sujeira’. Os tradicionais 'santinhos' que são distribuídos de forma irregular na boca-de-urna terminam deixando a cidade mais suja do que o normal. “Eu não voto em candidato que joga lixo no chão. Se eles fazem isso hoje imagina o que irão fazer no poder”, declara o engenheiro Antônio Bittencourt, que se mostrou revoltado com a quantidade de panfletos espalhados em frente ao Sartre COC, na Pituba.
A realidade relatada pelo eleitor não é uma exclusividade do bairro da Pituba. A reportagem do Bocão News flagrou em diversas áreas da cidade o ‘jogo sujo’ pelo voto. No Colégio Central, bairro de Nazaré, antes da abertura dos portões os panfletos já tomavam conta da Av. Joana Angélica. Em Brotas a cena se repete e também provoca críticas por parte dos eleitores e fazem a campanha pelo voto limpo.
Segundo a assessoria do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), a prática de espalhar panfletos no chão pode ser considerada boca-de-urna, mas, como não se sabe como esse material foi colocado nas seções eleitorais, não se pode fazer muito a respeito.
A lei que proíbe boca-de-urna é de 1998 e prevê de um ano a seis meses de detenção, além de pagamento de multa mínima de R$ 5.320 para quem cometer a infração e for pego em flagrante.
Nestas eleições, candidatos tiveram suas campanhas dificultadas com a minirreforma eleitoral –sancionada em maio– que proibiu a utilização de outdoor, bem como de propaganda fixa, além de distribuição de brindes e camisetas. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) permitiu, no entanto, o uso de camisetas e bonés de partidos por eleitores nos locais de votação.
Foto: Gilberto Júnior // Bocão News
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