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Luiz Caldas rebate crítica de colunista do Jornal Folha de São Paulo

“A tristeza diante da perda do celular era agravada pela terrível sonoplastia”, escreveu Gilberto Dimenstein  |  

Publicado em 21/05/2013, às 13h14      Fabíola Lima (Twitter: @fabiolalimaa)

O pai da axé músic, Luiz Caldas, se aborreceu com o colunista Gilberto Dimenstein, do Jornal Folha de São Paulo, e usou a rede social para disparar contra o jornalista. Tudo porque Dimenstein publicou um texto relatando episódio em que teve o celular roubado durante a Virada Cultural, em São Paulo, quando o músico tocava. “A tristeza diante da perda do celular era agravada pela terrível sonoplastia”, escreveu Dimenstein. O texto que parecia ser uma crítica por conta do índicie de violência na capital, acabou respingando no músico baiano.

No Instagram, Luiz Caldas rebateu a crítica musical. “Sempre tive respeito pela profissão das pessoas. Sou um cara democrático e por isso me dou ao direito de responder ao senhor Gilberto Dimenstein [...] Antes de falar de algum artista tenha ao menos a decência de conhecer sua trajetória e capacidade [...] para mim o senhor não passa de um zé mané otário”, disparou Luiz Caldas.

Veja print do comentário Luiz Caldas:





Leia o texto publicado pelo colunista no site do Folha de São Paulo: 

Fui uma vítima da Virada Cultural

Escrevi ontem aqui que a Virada Cultural mostra a São Paulo dos meus sonhos: uma cidade ocupada por pedestres, onde as ruas sejam espaço de convivência e criatividade.
 
Para não perder a conexão com a realidade, fui uma das vítimas de um arrastão: voltei para casa sem meu celular.
 
Piorando a situação, levaram meu aparelho enquanto eu caminhava no Largo do Arouche (o palco brega) ao som de Luiz Caldas. A tristeza diante da perda do celular era agravada pela terrível sonoplastia.
 
Seria tolice imaginar que, por causa da Virada Cultural, a cidade se convertesse num ilha de paz de civilidade --e toda uma multidão aglomerada se comportasse sem nenhuma transgressão.
 
A regra da cidade em que vivemos é a marginalidade e a violência. Por isso, vivemos trancados, pretensamente protegidos por muros e cercas elétricas
 
Está aí exatamente o nosso maior desafio: ocupar as ruas, com todos o seus riscos, para que não sejam o território do medo. Trazer multidões para as ruas é um misto de ousadia e ato de simbólico de resistência contra a barbárie. 

Não podemos ficar reféns do medo. Precisamos exigir não só cada vez mais segurança.

Mas sobretudo mais educação e cultura - aqui está a verdadeira segurança nas ruas. Perdi o celular. Mas como confio no poder da educação, não perdi a esperança.


Nota originalmente postada às 9h do dia 21

Classificação Indicativa: Livre


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