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DPT não informa prazo para liberar corpo de advogado morto por Paulinho Mega

Em nota enviada ao Bocão, o Departamento apenas informa que corpo ainda passa por procedimento   |  

Publicado em 22/10/2014, às 12h13      Adelia Felix (Twitter: @adelia_felix)

Nesta terça-feira (21), depois de preparar o velório e convidar parentes e amigos para o enterro do filho, a empresária Miriam Andrade, mãe do advogado Ricardo Andrade Melo, 37 anos, sequestrado por Paulinho Mega e morto pelos comparsas do criminoso, continua sofrendo com a espera da liberação do corpo.
 
“Está sendo uma dor imensa que você nem pode imaginar. Eu estava esperando e o corpo não chegou... É muito triste o que estou passando. Mas nós decidimos que amanhã, eu e minha filha estaremos lá no IML para uma reunião com a diretoria do Instituto Médico Legal. Eles deram um prazo e isso não foi cumprido”, lamenta em conversa com o Bocão News.
 
E continua: “eu pedi desculpas para todas as pessoas que foram nos confortar. A urna está lá no IML. Toda uma estrutura foi montada e nada aconteceu”, finaliza a mãe que estava esperando enterrar o filho na manhã de hoje.
 
O corpo de Ricardo ainda permanece no Departamento de Polícia Técnica (DPT) e apesar das evidências, ainda não foi confirmado se o corpo encontrado em uma cisterna, em Castelo Branco, é do advogado, sequestrado em 29 de abril, dia em que completava 37 anos.
 
Por meio de nota enviada para reportagem, a assessoria do Departamento de Polícia Técnica apenas informou que foram encontrados fragmentos de ossos próximo ao local onde o corpo foi localizado. Ela ressalta ainda que “por esta razão, este fragmentos estão passando por análise genética para saber se pertencem ao mesmo corpo”.  No entanto, apesar de questionada, a assessoria não comentou sobre a suposta falta de materiais no laboratório nem deu um prazo para liberar o corpo de Ricardo.




Prisão
Paulo Roberto Gomez Guimarães Filho, conhecido como "Paulinho Mega" assumiu no início do mês passado que sequestrou o advogado Ricardo Andrade Melo, 37 anos, encontrado morto em Castelo Branco, porque precisava de dinheiro para fugir do país. Ele já era condenado a 22 anos de prisão por outro homicídio e planejava deixar o Brasil. No entanto, Paulinho Mega afirma que não matou a vítima.

Ricardo Andrade estava desaparecido desde o mês de abril. A família do advogado Ricardo Andrade Melo chegou a divulgar um cartaz oferecendo recompensa de R$ 20 mil a quem pudesse dar informações sobre o paradeiro do rapaz.

Publicada no dia 21 de outubro de 2014, às 6h

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