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Publicado em 27/05/2023, às 17h21 Elza Fiúza/Agência Brasil Cadastrada por Letícia Rastelly
Uma professora, acusada de “tampar” ao mesmo tempo o nariz e a boca de uma criança autista, de cinco anos, foi afastada pela Secretaria de Educação da cidade de Vespasiano, no interior de Minas Gerais. A servidora, que agora responde a um processo administrativo, que pode levar a sua demissão, admitiu o fato.
A mãe da criança, Fabi Souza, de 42 anos, disse que na última terça-feira (23), Pedro estava brincando com o pai quando disse: "Não pega no meu nariz, não, porque vou ficar sem ar e morrer". Essa frase deixou a mãe reflexiva e fez buscar o motivo da criança ter dito isso. Pedro relatou, então, que "a tia da escola" teria dito que ele "estava gritando como um papagaio" e logo depois tampou a boca e o nariz dele.
No dia seguinte o pai do menino foi a escola, onde a professora afirmou que realmente prendeu a respiração de Pedro, há cerca de um mês, porque, segundo ela, ele estava em crise, dizendo que queria morrer. A intenção da docente era mostrar como é ruim a sensação da 'morte' e, em seguida, deu um beijo no rosto do menino.
"Quando meu filho está em crise e não consegue fazer alguma tarefa, ele sente culpa e diz que quer morrer. Na escola, ele deve ter feito algo que não deu certo e disse isso. Fiquei horrorizada [com a reação da professora]. O Pedro já teve bronquite e crise de asma. Tampar a boca e o nariz dele? Como posso aceitar? Isso é agressão", disse Fabi ao G1.
Em nota, a Secretaria de Educação disse que tem "profunda solidariedade com o aluno possivelmente agredido", informando também que a docente foi afastada para responder ao PAD e que já ofereceu a família a mudança de escola e acompanhamento psicólogo se os pais quiserem. Ainda não foi registrado um boletim de ocorrência.
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