Política
Publicado em 31/03/2015, às 06h16 Reprodução/ Zero Hora Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)
O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB), voltou a enfrentar protestos e foi impedido de falar, nesta segunda-feira (30), por manifestantes ligados a partidos de esquerda.
Pelo menos 50 pessoas estavam presentes no Fórum dos Grandes Debates, promovido pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, e vaiaram a presença do peemedebista no auditório Dante Barone.
Com faixas contra a PEC 352, da reforma política, e cartazes em favor de comunidades LGBT, os manifestantes ligados ao PSOL e ao PSTU ocuparam a parte frontal do auditório e promoveram um “apitaço” logo que a mesa começou a ser formada. Houve ainda beijo gay durante os protestos. Nem ao longo da execução do hino nacional os manifestantes silenciaram. O evento, programado para discutir reforma política, teve de ser transferido para o plenário da Assembleia, onde o ingresso de pessoas foi restrito.
Além de Cunha, estavam na mesa o vice-presidente Michel Temer, o governador gaúcho José Ivo Sartori e o presidente da Assembleia Legislativa, Edson Brum. Todos os citados são do PMDB.
O chefe do Legislativo gaúcho foi impedido de se manifestar pelas vaias e palavras de ordem dos manifestantes. Depois de pedir calma e respeito, o presidente da Assembleia suspendeu o seminário e dissolveu a mesa. O peemedebista tentou negociar com os manifestantes, mas a condição para o fim dos protestos era a saída de Cunha da mesa.
Já no plenário da Assembleia, o presidente da Câmara criticou a manifestação, que classificou como “intolerante”:
“Se os manifestantes não respeitam nem o hino nacional, não podem se permitir protestar contra nada. Não há problema nenhum debater essas questões, desde que com o respeito previsto na Constituição. Foi lamentável essa demonstração de intolerância, mas mesmo assim meus cumprimentos aos intolerantes", disse da tribuna.
Publicada no dia 30 de março de 2015, às 12h50