Política
Publicado em 12/04/2015, às 06h44 David Mendes (Twitter:@__davidmendes)
Com a prisão do ex-deputado federal Luiz Argôlo (SD) nesta sexta-feira (10), durante a 11ª etapa da Operação Lava Jato, o candidato a deputado federal nas eleições do ano passado, Luciano Braga (DEM), se torna o 1º suplente da chapa oposicionista na Bahia.
Aliado do governo petista no estado, Argôlo apoiou o então candidato e hoje governador Rui Costa (PT) nas eleições do ano passado, mas o seu partido, o Solidariedade, após disputa interna, capitaneada pelo deputado federal Arthur Maia, levou o partido para a chapa oposicionista, liderada pelo candidato derrotado Paulo Souto (DEM). Na proporcional, a legenda compôs com o DEM, PMDB, PSDB, PTN, SD, PROS, PRB e PSC.
No pleito do ano passado, mesmo com os escândalos de corrupção e da sua ligação com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal (PF), Argôlo tentou a reeleição e obteve 63,6 mil votos, o que lhe conferiu o título de 1º suplente à vaga de deputado federal. O investigado chegou a ser diplomado pela Justiça Eleitoral, entretando, como está preso em uma cela na sede da Polícia Federal no Paraná, o político fica impedido de assumir o possível mandato parlamentar. Também nesta sexta, O diretório estadual do Solidariedade decidiu pela suspensão das atividades partidárias de Argôlo.
O político é suspeito de ter ligações com o doleiro Youssef e, segundo a PF, há indícios de que ele "tratava-se de um cliente dos serviços prestados por Youssef, por vezes repassando dinheiro de origem aparentemente ilícita, intermediando contatos em empresas, recebendo pagamentos, inclusive tendo suas atividades operacionais financiadas pelo doleiro".
Luciano Braga
Publicada no dia 11 de abril de 2015, às 10h34