Política
Publicado em 03/06/2016, às 16h10 Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)
A montagem das coligações de candidatos a vereador de Salvador da base de sustentação do prefeito ACM Neto ainda está sendo estruturada pelos articuladores políticos – Bruno Reis (PMDB) e João Roma (PRB) – escolhidos pelo próprio gestor. Os aliados de Neto estão convencidos de que irão eleger pelo menos 32 vereadores numa Casa composta por 43.
PPS e PTB estão com as conversas adiantas e provavelmente sairão juntos. Os dois partidos podem assegurar entre quatro e cinco cadeiras. Atualmente, são cinco os representantes das siglas no plenário do Legislativo municipal. Um deles pode ficar de fora levando em consideração a expectativa, especulativa, de que ninguém de fora será eleito pelas legendas.
Outros oito partidos estão em negociação para acomodar a melhor estratégia eleitoral. PMDB tenta fazer uma bancada de quatro vereadores, para isso precisa se aliar a um partido que não tenha candidatos com “capilaridade”, mas com votos suficientes para eleger os “cabeças” do partido. Apostas como o retorno de dois ex-vereadores Pedro Godinho e Sandoval Guimarães estão na conta dos peemedebistas.
O PSDB conta com dois vereadores na Casa que devem ser reeleitos. Os tucanos esperam mostrar força no pleito municipal, pois se tornaram a terceira via das oposições podendo perder, inclusive, este posto para partido até então com menor expressão. O PV, por exemplo, conta com três vereadores e na bolsa de apostas a conta é de os verdes farão pelo menos três edis.
A coligação entre os dois é improvável. Paulo Câmara, presidente da Câmara, não se bica com Henrique Carballal que saiu do PT e se abrigou no PV em um movimento que contou com a participação direta do prefeito ACM Neto. O racha entre os dois não será fechado e dividir o palanque está fora de questão.
O Solidariedade brigará para manter as três cadeiras que ocupa na atual legislatura. Sendo que Geraldo Junior precisa ter uma legenda forte para viabilizar o sonho já conhecido de concorrer, com alguma chance real de vitória, à presidência da Câmara. A tendência é que o partido se coligue com um partido como PHS, PTC, PRP ou PSC. Este último conta com os votos ligados a segmentos religiosos e também ocupa três cadeiras na atual legislatura.
A engenharia ainda trabalha para definir as melhores composições. O fato é que para ter êxito e alcançar a meta (32 cadeiras) a estratégia deve ser bem pensada e diminuir a margem para surpresas é essencial.
Um dos principais articuladores políticos de Neto diz que há uma convicção formada no núcleo duro do Thomé de Souza: o índice de reeleição será alto.