Apoiadores da presidente afastada Dilma Rousseff apresentam nesta terça-feira (2) ao Senado voto em separado para sessão sobre o impeachment da petista. No texto, o presidente interino, Michel Temer, é acusado de traição por participar de trama para a deposição de Dilma.
Segundo o texto, Temer "traiu o projeto que o fez vice-presidente do Brasil" e se valeu da agenda oficial para "construir o impeachment".
O texto aponta o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o TCU (Tribunal de Contas da União) como protagonistas do que chamam de golpe. As senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Vanessa Graziottin (PC do B-AM) foram escaladas para a leitura do documento, que traz forte oposição a um eventual governo Temer.
Segundo o texto, o impeachment de Dilma nasce da promessa de que a operação Lava Jato seja enterrada. Os senadores pró-Dilma também acusam o governo interino de ameaçar os direitos sociais em benefício dos ricos.
"O governo provisório de Michel Temer ainda não chegou ao FMI moderno. Ficou parado na 'reaganomics' -política econômica adotada pelo [então] presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, durante a década de 80. A mesma política que resultou, em última instância, nesta gravíssima crise mundial."
O texto chama de "insanas" as medidas anunciadas pelo governo interino. "Para além do demérito das políticas do governo interino e ilegítimo, a questão principal aqui tange à democracia: as políticas aprovadas pelas urnas do governo Dilma Rousseff estão sendo substituídas por políticas que não foram submetidas ao imprescindível crivo do voto popular", afirma.
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