Política

Na cadeia, Cunha nega ter recebido propina para ficar calado

Publicado em 19/05/2017, às 21h12      Redação Bocão News

 
O deputado cassado Eduardo Cunha, preso no Complexo Médico Penal, na Grande Curitiba, escreveu uma carta manuscrita nesta sexta-feira (19), na qual nega estar recebendo dinheiro para ficar em silêncio e diz que é falsa a afirmação do delator Joesley Batista. 
 
O dono da JBS, Joesley Batista entregou ao  ministro do STF, Edson Fachin, a gravação de um diálogo do presidente Michel Temer. Nele, Temer indica o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS). Posteriormente, Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. Temer também ouviu do empresário que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: "Tem que manter isso, viu?".
 
Após a delação o STF abriu inquérito contra o presidente da República Michel Temer (PMDB). 
 
Veja a carta na íntegra
 
“Com relação aos fatos divulgados referentes à suposta delação do empresário Joesley Batista, tenho a esclarecer o seguinte:
 
1) Repudio com veemência as informações divulgadas de que estaria recebendo qualquer benefício para me manter em silêncio.
2) Estou exercendo o meu direito de defesa e não estou em silêncio e tampouco ficarei.
3) São falsas as afirmações divulgadas atribuídas a Joesley Batista de que estaria comprando meu silêncio
4) Jamais pedi qualquer coisa ao presidente Michel Temer e também jamais recebi dele qualquer pedido para me manter em silêncio
5) Recentemente, após entrevista dele, o desmenti com contundência, mostrando que não estou alinhado em nenhuma versão de fatos que não sejam os verdadeiros”
 
 

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