Política
Publicado em 08/01/2019, às 10h24 Vagner Souza/BNews Fernanda Chagas
O PP na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) já comemora a condição de maior ou segunda maior bancada no Parlamento com as novas adesões por conta da cláusula de barreira – elegeu sete e tende a atrair três ou quatro novos quadros. Atualmente, a maior bancada na Corte das leis está nas mãos do PT com 10 parlamentares eleitos, seguido pelo PSD com 9.
Nesse contexto, a legenda, comandada pelo vice-governador João Leão, já sinaliza para a ampliação da participação nas principais comissões, alegando o critério da proporcionalidade, conforme manda o regimento. O fato pode levar a uma nova queda de braço entre aliados pelas comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e Finanças, as principais da Casa.
A CCJ, por exemplo, já é dada como certa para permanecer sob o comando do PT e, conforme especulado, já teria substituto para Rosemberg Pinto: o deputado Zé Raimundo.
“Com a simpatia declarada ao PP de três deputados [Júnior Muniz, Jurandy Oliveira e Dal] que virão de partidos que não atingiram à cláusula de barreira, o nosso partido elevaria a bancada para 10 deputados e caminha para o status de maior ou segunda maior bancada e, com isso, é natural ter participação maior nas comissões, conforme consta no regimento”, admitiu o líder do PP na AL-BA, deputado Robinho, em conversa com o BNews.
O parlamentar, entretanto, não negou que se trata de uma regra que pode ser flexibilizada, como abrir mão de um colegiado em troca de outro. “Mas o normal é que o partido maior tenha um número maior de comissões, mais força, maior poder de barganha”, reforçou.
Questionado sobre os espaços e nomes para ocupá-los, o líder afirmou que o recesso parlamentar teria dispersado as negociações, que serão retomadas no final do mês.
Ele ponderou, no entanto, que no âmbito do PP é de conhecimento de todos que Eduardo Salles (PP) é um “apaixonado” pelo setor de agricultura. “Eu pelo territorial, por sonhar com a questão da emancipação. Ou seja, cada um deve buscar os espaços que os aproximam dos interesses das suas bases eleitorais e, levando isso em conta, podem haver acordos”, afirmou.