Política

Após relatório do Cade, Marta Rodrigues detona modelo de exclusividade do Carnaval: “falido e promove e exclusão”

Vereadora afirmou ainda que o formato adotado pela prefeitura prejudica os ambulantes   |  Arquivo BNews

Publicado em 22/01/2019, às 10h40   Arquivo BNews   Tamirys Machado

A vereadora Marta Rodrigues (PT) classificou como falido o modelo de financiamento do Carnaval de Salvador adotado pela prefeitura que dá exclusividade à marca de cerveja Skol. Nesta segunda-feira (21) o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) apresentou o resultado de um estudo feito com capitais que têm o mesmo modelo a fim de investigar se há violação contra a concorrência nos contratos assinados pelas prefeituras. O inquérito foi feito com diversas cidades do país.

Segundo o estudo, a exclusividade da venda da Skol no Carnaval de Salvador faz com que a cervejaria aumente o preço da bebida durante a festa. O documento aponta ainda que Salvador tem as provas mais claras dos efeitos negativos da exclusividade da marca, e que descartou a competitividade do comércio local. Ao ser indagada pelo assunto, a vereadora, que faz parte do bloco de oposição na Câmara, afirmou que o “estudo mostra que o modelo de patrocínio do Carnaval adotado pelo prefeito está falido, causa mais gastos à população,  e só prejudica a festa e principalmente os foliões”.

“É um modelo de monopólio absurdo, quer promove exclusão, autoritarismo, e desrespeita o direito do povo de escolha e de liberdade individual.  Além disso, limita os ganhos dos comerciantes. Não somos contra patrocínio. Mas as pessoas têm o direito de escolher o que querem consumir, o que preferem, conforme seus gostos. O Carnaval é uma festa popular e não privada, onde o prefeito decide o que as pessoas vão consumir para angariar fundos desmerecendo a vontade do povo.  É preciso rever esse modelo”, disse, nesta terça-feira (22), ao BNews. 

Ainda conforme a vereadora o “principal prejudicado é o ambulante, que vive perseguido todos os dias da festa”. “Eles não têm ajuda da cervejaria, quando decidem vender a marca eles tiram do próprio bolso. Já gastam para trabalhar, são perseguidos... e o folião não tem direito de escolha”, finalizou.

 

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