Política

Centrais sindicais estudam greve geral contra a reforma da Previdência em junho, diz presidente da CUT-BA

  |  Carlos Alberto

Publicado em 01/05/2019, às 15h57   Carlos Alberto   Bruno Luiz e Juliana Nobre

As centrais sindicais estão organizando mais uma greve geral contra a reforma da Previdência nos mesmos moldes da paralisação em 2017, quando mais de 150 cidades no país registraram protestos contra as reformas trabalhistas. Este ano, o indicativo de data é 14 de junho, conforme afirmou ao BNews o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) na Bahia, Cedro Silva, durante o ato do Dia do Trabalhador, nesta quarta-feira (1º).

Segundo ele, a manifestação de hoje já dá início às articulações para a greve geral e critica a reforma. “Não é uma reforma, é a decretação do fim da previdência social, principalmente quando se pega o dinheiro do trabalhador começa a plicar em investimentos, fundo de capitalização e a história tem revelado que isso já deu errado como na Colômbia, no Chile, Equador e com certeza não vai dar certo no Brasil. Aí é amarrar cachorro com a linguiça”, disse.

Os protestos do 1º de Maio ainda incluem pautas contra o fim da aposentadoria e a favor da liberdade do ex-presidente Lula. As manifestações ocorrem nas cidades baianas de Juazeiro, Feira de Santana, Teixeira de Freitas, Itamaraju, Vitória da Conquista e Guanambi.

O protesto reúne além da CUT-BA, a CTB, Força Sindical e UGT.

Imposto sindical

O presidente da entidade ainda comentou sobre o fim da cobrança do imposto sindical. Segundo ele, os sindicatos perderam cerca de 60% da arrecadação, o que tem prejudicado na manutenção das entidades. Silva defendeu a manutenção dos direitos trabalhistas e das entidades. 

“Tem sindicato que foi a 0%. A CUT foi em torno de 60% das entidades com problemas. Alguns são mais fortes como o das estatais e alguns do setor privado, mas o prejuízo é total. Não temos nenhum problema de estar recomeçando porque antigamente fazíamos rifa, feijoada, vendia chaveiro para arrecadar dinheiro, mas o importante disso tudo é o trabalho que devemos fazer pela conscientização dos trabalhadores”, protestou Cedro Silva.

“Hoje no Brasil, a maioria dos sindicatos está quebrado. O governo tirou o dinheiro dos sindicatos, que era isso que fazia as entidades se movimentarem, jornalzinho, campanha salarial, brigar por mais direitos e conquistas. Tudo isso acabou e agora estamos na esperança de que os trabalhadores entendam isso que sindicato fraco é classe trabalhadora sem representatividade”, completou o dirigente.

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