Política

JH revela mágoa com PSL baiano por falta de prestígio na campanha ao governo em 2018 e frisa ter faltado fidelidade

Haviam acordos que agora estão aí revelados a público, desabafou o ex-prefeito de Salvador   |  Divulgação

Publicado em 26/05/2019, às 14h59   Divulgação   Eliezer Santos

Os rascunhos de articulações para a próxima eleição ao governo da Bahia, em 2022, já movimentam diversas figuras da política no estado, mas há quem ainda esteja digerindo os dissabores da campanha de 2018. 

Candidato pelo PRTB, o ex-prefeito João Henrique (PRTB) confidenciou ao BNews que ficou ressentido por ter sido desprestigiado pelo PSL na composição para a majoritária estadual, apesar de ter pedido votos para o então candidato da sigla, Jair Bolsonaro.

Segundo ele, a composição extraoficial do PSL com a candidatura de Zé Ronaldo (DEM) visava um acordo futuro com o Democratas, que ganhou forma com a nomeação de cargos na prefeitura de Salvador, com a benção do prefeito ACM Neto (DEM).

“Não fui tratado como candidato a governador da coligação porque o PSL tinha em mente acordos que agora estão aí revelados a público. Mas já haviam acordos na campanha de que o candidato deles na chapa fosse o José Ronaldo. Eu não criei nenhum problema. O pessoal do PSL acabou fazendo campanha durante os quatro meses para José Ronaldo. Enquanto que eu pedia voto para Bolsonaro e Mourão, Zé Ronaldo pedia voto para Geraldo Alckmin. Mesmo assim, os militantes do PSL na Bahia fizeram com que a dobradinha extraoficial José Ronaldo, Alckmin, Jair Bolsonaro acabasse prevalecendo”, lembrou, em esconder a mágoa.

“Eu até hoje não consegui entender essa química José Ronaldo-Alckmin-Bolsonaro. Confesso que até hoje não entendi essa química. Mas agora alguns sinais, algumas revelações aos poucos estão vindo à tona”, reforçou.

Sem citar os nomes da deputada federal Dayane Pimentel e do seu marido Alberto Pimentel – hoje secretário de ACM Neto -, João Henrique disse que faltou “fidelidade e lealdade”.

“Na política, fidelidade e lealdade são palavras muito raras, mas que têm muito valor. São de um valor diamantino. Eu prefiro manter os meus valores raros e diamantinos. Agora, há quem prefira os atalhos da vida. Só que os atalhos da vida custam muito caro a médio e longo prazo. Há quem faça questão de andar pelo caminho natural e pedregoso da vida. Eu sou dessa segunda categoria, com todos os desafios que a vida apresenta a nós”, enfatizou.

“Vocês sabem mais do que eu, estou fora da política. Vocês sabem juntar as pedras do xadrez no lugar, vocês são inteligentes”, sugeriu. 
 

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