Política

Empresário diz em rede social que depoimento à Polícia Federal foi alinhado às declarações de Moro; veja

Paulo Marinho também vai depor na investigação que apura a interferência de Bolsonaro na PF  |  Agência Brasil

Publicado em 21/05/2020, às 09h11   Agência Brasil   Yasmin Garrido

O empresário Paulo Marinho, suplente de Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no Senado, publicou nas redes sociais, nesta quarta-feira (20) e disse que o depoimento que deu à Polícia Federal (PF) servirá para auxiliar na investigação que apura suposto vazamento de detalhes da Operação Furna da Onça, em 2018. Ainda segundo ele, as declarações dadas estão alinhadas com as prestadas pelo ex-ministro Sergio Moro.

"Sobre o meu depoimento na PF: por mais de cinco horas, trouxe detalhados elementos que vão auxiliar a investigação, indo ao encontro do que o @SF_Moro [Sergio Moro] trouxe à tona" escreveu.

Ao sair do governo, o ex-juiz federal declarou em entrevista à imprensa ter havido suposta pressão política, por parte do presidente Jair Bolsonaro, para interferir em investigações da Polícia Federal.

"Por ordem da autoridade policial, não posso revelar o teor do meu testemunho", completou Marinho, na rede social.

Em entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo”, no último domingo (17), PauloMarinho disse que a Polícia Federal contou ao senador Flavio Bolsonaro o momento em que a operação ia ser deflagrada em 2018.

Além disso, ele afirmou que os policiais teriam “segurado a operação” para que não fosse feita antes do 2º turno das eleições de 2018, para evitar atrapalhar a candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência da República.

O empresário também vai prestar depoimento na investigação que apura a interferência política de Jair Bolsonaro na PF, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), em inquérito que tramita perante o Supremo Tribunal Federal (STF).

Veja:

Sobre o meu depoimento na PF: por mais de cinco horas, trouxe detalhados elementos que vão auxiliar a investigação, indo ao encontro do que o @SF_Moro trouxe à tona. Por ordem da autoridade policial, não posso revelar o teor do meu testemunho.

— Paulo Marinho (@PauloMarinhoRio) May 21, 2020

 

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