Política
Publicado em 22/06/2020, às 13h07 Reprodução/Redes Sociais Redação BNews
A Procuradoria-Geral da República aponta indícios de que sites e veículos bolsonaristas lucraram com a divulgação de materiais de atos antidemocráticos que pediam o fechamento do Congresso Nacional.
Responsável por conduzir o caso, o vice-procurador-geral Humberto Jacques, diz que os alvos do inquérito ajudaram a disseminar "mensagens apelativas" em redes sociais para buscar financiamento.
Para Jacques, as provas colhidas inicialmente indicam a "potencial existência de uma rede integralmente estruturada de comunicação virtual voltada tanto à sectarização da política quanto à desestabilização do regime democrático para auferir ganhos econômicos diretos e políticos indiretos".
O inqúerito aponta que os sites pró-Bolsonaro lucraram ainda mais nas transmissões ao vivo de atos que contaram com a participação do presidente da República. As informações são da CNN.
A Folha Política, por exemplo, de acordo com relatórios de uma empresa especializada em monetização no YouTube, citados por Jacques, pode ter faturado entre R$ 30 mil e R$ 50 mil em uma live do presidente no dia 3 de maio.
No dia 19 de abril, segundo a PGR, um vídeo da participação de Bolsonaro na manifestação, resultou eu lucro de até R$ 90 mil.
Os valores seriam resultado de publicidades, assinaturas dos canais e vendas de produtos oficiais nas páginas, além de anúncios pagos por empresas a entes públicos.