A mudança no comando da secretaria estadual do Planejamento (Seplan) esta definida, mas ainda não foi concretizada. Zezéu Ribeiro vai voltar para a Câmara Federal e o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli será o quinto chefe desta pasta.
Nesta sexta-feira (2), o presidente estadual do PT, Jonas Paulo, enviou nota à imprensa colocando a sua versão dos fatos. Na mensagem, o dirigente petista coloca os “pingos nos is”, “quem nomeia e exonera é o governador Wagner e a ele cabe as decisões”.
A decisão, portanto, sai da alçada do diretório partidário e é posta na conta de Jaques Wagner. Desde que Zezéu anunciou a sua saída diversas informações circularam pela imprensa. Fontes do próprio PT deram a sua versão do caso, o atual secretário também falou e agora foi a vez do presidente estadual.
“Pelo que fui informado sairá um grande quadro político que foi indicado pela direção do PT Bahia e entra outro grande quadro petista, de renome, que volta ao nosso convívio, sendo que a colocação é escolha do governador”.
A declaração de Jonas Paulo deixa claro que não há um alinhamento da legenda com o chefe do Executivo estadual, ao menos, nesta decisão. No entanto, o presidente garante que “não há choque de interesses de tendências, pois ambos (Gabrielli e Zezéu) são do mesmo espaço político”.
Em seguida, Jonas Paulo, voltou a ressaltar que seria interessante manter Zezéu e integrar Gabrielli, o problema é espaço. “Já disse que um time com Zezéu, Gabrelli e Rui (Costa) é uma seleção e Wagner a estrela da companhia, por isso gosto de ver o Barcelona e tenho saudades do escrete canarinho de 70, vencedor e cheio de craques”.
Apesar de colocar “panos quentes”, na mensagem do presidente estadual do PT está implícito que o governador está tirando um quadro indicado pela legenda para colocar outro que é de opção pessoal. A insatisfação de setores petistas já foi alvo de matérias amplamente difundidas nos mais diversos veículos de comunicação.
Fontes da legenda garantem que a tendência Construindo um Novo Brasil (CNB) pediu mais espaço. Esta informação foi negada. Outros quadros do PT afirmam que a história não é bem essa. As discussões passariam por outro aspecto.
Ao governador teria sido proposto que mexesse nas indicações pessoais. Chefe de pastas como Saúde, Administração, Fazenda, Educação, Gabinete ou até a própria Casa Civil. Contudo, diante da negativa do líder do processo, não restou alternativa que não a saída de Zezéu.
Foto: Aristeu Chagas // Bocão News
Matéria postada originalmente às 17h37 do dia 02 de março
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