Política

Dono da Precisa entra com ação no STF para não depor na CPI da Covid

Nome de Maximiano foi citado mais uma vez na sessão desta terça (10) da CPI da Pandemia como membro de um grupo que compõe parte dos investigados e pessoas relacionadas às investigações da comissão  |  Jefferson Rudy/Agência Senado

Publicado em 10/08/2021, às 18h14   Jefferson Rudy/Agência Senado   Redação BNews

A defesa dono da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, realizou uma solicitação no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (10), para não comparecer à CPI da Covid,  no depoimento marcado para 19 de agosto. 

Segundo a CNN, o nome de Maximiano foi citado mais uma vez na sessão desta terça (10) da CPI da Pandemia como membro de um grupo que compõe parte dos investigados e pessoas relacionadas às investigações da comissão. 

O empresário é investigado pela CPI por intermediar a compra da vacina indiana Covaxin, junto ao Ministério da Saúde.

Entenda o caso

A existência de denúncias de irregularidades em torno da compra da vacina indiana Covaxin foi revelada pelo jornal Folha de S.Paulo em 18 de junho, com a divulgação do depoimento sigiloso do servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda ao Ministério Público Federal, que relatou pressão "atípica" para liberar a importação da Covaxin.

Desde então, o caso virou prioridade da CPI no Senado. A comissão suspeita do contrato para a aquisição da imunização, por ter sido fechado em tempo recorde, em um momento em que o imunizante ainda não tinha tido todos os dados divulgados. A vacina, ao custo de US$ 15, também tinha preço superior a outros imunizantes cujas propostas foram recusadas inicialmente pela Saúde, como a vacina da Pfizer (ofertada a US$ 10).

A Precisa Medicamentos, que intermediou a compra das vacinas com o governo, afirmou que o grupo adere "aos mais altos padrões de conformidade e são regidos por um código muito rigoroso de práticas éticas e governança corporativa" e negou as possíveis irregularidades na compra dos imunizantes. 

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